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ENSINO
Comissão de inquérito da Secretaria Estadual da Educação aponta mais 36 que não têm condições de funcionamento
Investigação aponta 9 escolas-fantasmas em Alagoas
DA AGÊNCIA FOLHA
Relatório de comissão de inquérito da Secretaria Estadual da
Educação de Alagoas aponta que
nove escolas municipais não existem e 36, localizadas em 13 municípios diferentes, não apresentam
condições de funcionamento.
A secretaria informou que as escolas-fantasmas integram a lista
de escolas regulares dos municípios de Traipu, Mata Grande e
Água Branca. A assessoria de imprensa do Ministério Público afirma que todas fariam parte da rede
escolar de Traipu.
As denúncias -que revelam
falta de documentos, problemas
de espaço físico e até a inexistência das escolas- começaram em
1998. Mas, somente no último dia
23, o relatório foi concluído e entregue à Secretaria da Educação e
ao Ministério Público.
As escolas têm de pedir credenciamento à secretaria e, após passar por uma inspeção, conseguir o
aval de funcionamento.
Nos casos das escolas-fantasmas, elas não teriam passado por
esse processo.
"Algumas escolas foram aprovadas no mesmo dia pelo Conselho Estadual de Educação", disse
a secretária de Educação do Estado, Rosineide Lins Costa.
Foi aberto um inquérito para investigar a atuação dos funcionários do conselho e da secretaria.
"No caso da descoberta de má-fé dos funcionários, a punição pode ser até a perda do emprego",
afirmou Rosineide Lins Costa.
O Ministério Público pediu aos
promotores dos municípios que
enviem uma descrição da situação atual da educação para então
tomar providências.
A presidente do AMA (Associação dos Municípios Alagoanos),
Roseana Beltrão, 35, disse que tais
irregularidades podem nem mais
existir. "Como são apontados
desde 98, as prefeituras podem ter
regularizado os problemas."
O assassinato, em junho, do
professor Paulo Henrique Costa
Bandeira, que denunciou desvios
do Fundef (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino
Fundamental e de Valorização do
Magistério), em Satuba (AL), acelerou o processo de investigação
da comissão, que foi aberta em
2001.
(LARA SCHULZE)
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