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São Paulo, quarta-feira, 30 de julho de 2003

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SAÚDE

Secretário de Cuiabá cobra ajuda do governo federal

Justiça de Mato Grosso determina mais sete internações em UTIs

DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE

A Justiça de Mato Grosso determinou a internação de 22 pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) em UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) nos últimos 38 dias em Cuiabá. Devido à falta de leitos em hospitais públicos, a rede privada foi obrigada a receber os doentes.
A Defensoria Pública no Estado entrou ontem com mais duas ações judiciais, uma delas para internar na UTI a empregada doméstica Márcia José Alves, 34, que está com lesões no cérebro.
"É uma vergonha apelar para a Justiça, porque era uma obrigação do Estado pagar o tratamento", disse Luordes de Fátima Mattos, 39, irmã de Márcia.
O diretor-presidente do Hospital Santa Rosa, José Ricardo Mello, afirma que as decisões da Justiça "podem inviabilizar a rede privada, que tem 200 mil usuários de convênios particulares para atender no Estado". Mello reclama ainda que o SUS paga apenas R$ 150 de diária e por medicamentos e serviços prestados nas UTIs, enquanto os convênios privados remuneram com R$ 300 só o hospital, sem contar os gastos com remédios e salários.
Anteontem, às 14h, o secretário municipal da Saúde de Cuiabá, Luiz Soares, 45, foi notificado pela Justiça para fazer as internações de sete pessoas. Na tarde de ontem dois pacientes ainda aguardavam vaga na UTI, mesmo tendo sido beneficiados pela decisão da Justiça.
O secretário Soares disse que precisa de mais R$ 700 mil por mês do Ministério da Saúde, além dos R$ 3,7 milhões repassados atualmente, para ativar novos leitos nas UTIs.


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