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SAÚDE
Secretário de Cuiabá cobra ajuda do governo federal
Justiça de Mato Grosso determina mais sete internações em UTIs
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE
A Justiça de Mato Grosso determinou a internação de 22 pacientes do SUS (Sistema Único de
Saúde) em UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) nos últimos 38
dias em Cuiabá. Devido à falta de
leitos em hospitais públicos, a rede privada foi obrigada a receber
os doentes.
A Defensoria Pública no Estado
entrou ontem com mais duas
ações judiciais, uma delas para internar na UTI a empregada doméstica Márcia José Alves, 34, que
está com lesões no cérebro.
"É uma vergonha apelar para a
Justiça, porque era uma obrigação do Estado pagar o tratamento", disse Luordes de Fátima Mattos, 39, irmã de Márcia.
O diretor-presidente do Hospital Santa Rosa, José Ricardo Mello, afirma que as decisões da Justiça "podem inviabilizar a rede
privada, que tem 200 mil usuários
de convênios particulares para
atender no Estado". Mello reclama ainda que o SUS paga apenas
R$ 150 de diária e por medicamentos e serviços prestados nas
UTIs, enquanto os convênios privados remuneram com R$ 300 só
o hospital, sem contar os gastos
com remédios e salários.
Anteontem, às 14h, o secretário
municipal da Saúde de Cuiabá,
Luiz Soares, 45, foi notificado pela
Justiça para fazer as internações
de sete pessoas. Na tarde de ontem dois pacientes ainda aguardavam vaga na UTI, mesmo tendo sido beneficiados pela decisão
da Justiça.
O secretário Soares disse que
precisa de mais R$ 700 mil por
mês do Ministério da Saúde, além
dos R$ 3,7 milhões repassados
atualmente, para ativar novos leitos nas UTIs.
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