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EDUCAÇÃO
Após greve de mais de dois meses, universidades estaduais de São Paulo retomam atividades na segunda-feira
Reposição de aulas na USP deve ir até 2005
DA REPORTAGEM LOCAL
DA AGÊNCIA FOLHA
A USP, maior das três universidades estaduais paulistas, deve estender seu calendário de reposição de aulas até 18 de janeiro de
2005, após o fim da greve de mais
de dois meses.
O indicativo de fim da paralisação foi decidido pelo Fórum das
Seis, entidade representativa de
docentes e funcionários das três
universidades, na noite de anteontem.
Houve acordo de reajuste salarial de 2% retroativo ao mês de
maio e de 2,14% a partir de agosto.
Todas as atividades devem ser
retomadas na próxima segunda-feira.
A proposta de reposição de aulas foi acertada ontem em reunião
da Adusp (Associação dos Docentes da USP) com as pró-reitorias de graduação e de pós-graduação, mas ainda precisa ser
aprovada pelo Conselho de Graduação, que se reunirá hoje pela
manhã. Caso a proposta seja
aprovada, as aulas serão retomadas já na segunda-feira.
Pela proposta, as aulas do primeiro semestre seriam repostas
de segunda-feira até a primeira
semana de setembro. A Semana
da Pátria seria utilizada para o fechamento dos cursos (com a entrega de trabalhos e provas de recuperação), e o segundo semestre
começaria na semana seguinte e
iria até meados de janeiro.
A proposta prevê um calendário
único para todas as unidades para
evitar prejuízos para os alunos,
como encavalamento de matérias
e aulas aos sábado e feriados.
Unidades como a FEA (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade) e a Politécnica, que não aderiram à greve, terão de enviar uma justificativa de
mudança nos seus calendários
para a pró-reitoria de graduação
para poderem terminar as aulas
antes das demais.
"Ficou acertado que o novo calendário geral seria a regra e não a
exceção", disse Américo Kerr,
presidente da Adusp.
Também haverá uma dilatação
de dois meses nos prazos relativos
aos cursos de pós-graduação da
instituição, como os de entrega de
teses e relatórios.
Unesp e Unicamp
De acordo com a Unesp (Universidade Estadual Paulista), cada
unidade terá autonomia para reelaborar o seu calendário de aulas.
No entanto isso deve começar a
ser feito a partir de segunda-feira,
quando a maioria das unidades
retoma as atividades.
Segundo o pró-reitor de graduação da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), José
Luiz Boldrini, apenas quatro das
23 unidades aderiram à greve.
"As unidades mais afetadas pela
greve são da área de humanas. Esses cursos terão reposição de aulas. Já as áreas de pesquisa não tiveram impacto porque são individuais."
O STU (Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp) propôs um
"mutirão" entre os servidores para repor os serviços que ficaram
paralisados. "Os funcionários retomam o trabalho na segunda-feira. Vamos avaliar onde será necessário a realização de mutirões
para pôr os serviços em dia", disse
Marcílio Ventura, diretor do STU.
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