São Paulo, sexta-feira, 30 de julho de 2004

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EDUCAÇÃO

Após greve de mais de dois meses, universidades estaduais de São Paulo retomam atividades na segunda-feira

Reposição de aulas na USP deve ir até 2005

DA REPORTAGEM LOCAL
DA AGÊNCIA FOLHA

A USP, maior das três universidades estaduais paulistas, deve estender seu calendário de reposição de aulas até 18 de janeiro de 2005, após o fim da greve de mais de dois meses.
O indicativo de fim da paralisação foi decidido pelo Fórum das Seis, entidade representativa de docentes e funcionários das três universidades, na noite de anteontem.
Houve acordo de reajuste salarial de 2% retroativo ao mês de maio e de 2,14% a partir de agosto. Todas as atividades devem ser retomadas na próxima segunda-feira.
A proposta de reposição de aulas foi acertada ontem em reunião da Adusp (Associação dos Docentes da USP) com as pró-reitorias de graduação e de pós-graduação, mas ainda precisa ser aprovada pelo Conselho de Graduação, que se reunirá hoje pela manhã. Caso a proposta seja aprovada, as aulas serão retomadas já na segunda-feira.
Pela proposta, as aulas do primeiro semestre seriam repostas de segunda-feira até a primeira semana de setembro. A Semana da Pátria seria utilizada para o fechamento dos cursos (com a entrega de trabalhos e provas de recuperação), e o segundo semestre começaria na semana seguinte e iria até meados de janeiro.
A proposta prevê um calendário único para todas as unidades para evitar prejuízos para os alunos, como encavalamento de matérias e aulas aos sábado e feriados.
Unidades como a FEA (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade) e a Politécnica, que não aderiram à greve, terão de enviar uma justificativa de mudança nos seus calendários para a pró-reitoria de graduação para poderem terminar as aulas antes das demais.
"Ficou acertado que o novo calendário geral seria a regra e não a exceção", disse Américo Kerr, presidente da Adusp.
Também haverá uma dilatação de dois meses nos prazos relativos aos cursos de pós-graduação da instituição, como os de entrega de teses e relatórios.

Unesp e Unicamp
De acordo com a Unesp (Universidade Estadual Paulista), cada unidade terá autonomia para reelaborar o seu calendário de aulas. No entanto isso deve começar a ser feito a partir de segunda-feira, quando a maioria das unidades retoma as atividades.
Segundo o pró-reitor de graduação da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), José Luiz Boldrini, apenas quatro das 23 unidades aderiram à greve.
"As unidades mais afetadas pela greve são da área de humanas. Esses cursos terão reposição de aulas. Já as áreas de pesquisa não tiveram impacto porque são individuais."
O STU (Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp) propôs um "mutirão" entre os servidores para repor os serviços que ficaram paralisados. "Os funcionários retomam o trabalho na segunda-feira. Vamos avaliar onde será necessário a realização de mutirões para pôr os serviços em dia", disse Marcílio Ventura, diretor do STU.

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