São Paulo, sexta-feira, 30 de julho de 2004

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MEC estabelece como prioridade redefinir o financiamento da área

FERNANDA MENA
ENVIADA ESPECIAL A PORTO ALEGRE

O secretário de Educação Básica do MEC (Ministério da Educação), Francisco das Chagas Fernandes, afirmou ontem -durante um dos cinco debates do segundo dia do Fórum Mundial da Educação, em Porto Alegre (RS)- que o governo não pretende promover a desvinculação de verbas da educação.
Sua afirmação foi uma resposta ao temor manifestado por educadores presentes ao evento de que houvesse, por parte do Ministério da Fazenda, alguma proposta no sentido de promover essa desvinculação. Na prática, ela significaria o fim da obrigatoriedade de investir um percentual mínimo em educação.
A discussão do financiamento da educação pública, um dos pontos mais polêmicos do atual debate nacional sobre educação, foi tema de uma mesa que reuniu Fernandes, Romualdo Portela (pesquisador da USP) e o norte-americano Gustavo Fischmann (professor da faculdade de educação da Universidade do Arizona, nos EUA), com mediação de Eliezer Pacheco, presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais).
"O financiamento da educação é algo que nos deixa muito preocupados. Estados e municípios, que têm de investir 25% em educação, também têm de usar esse mesmo percentual para pagar os professores", disse o secretário.
Segundo Fernandes, a redefinição do financiamento da educação no Brasil é uma prioridade do governo. "Não vai haver redefinição de financiamento, no entanto, se não houver a disposição de novos recursos, principalmente da União."
Nesse contexto, o secretário apresentou a proposta do Fundeb, fundo que deverá incluir o ensino infantil e médio, além do fundamental.


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