DA FOLHA RIBEIRÃO

Antonieta Facci, filha do fazendeiro Quintino Facci, disse ontem que a queda do cavalo sofrida pelo pai em maio deste ano vinha provocando uma reaproximação entre ele e os filhos.
Segundo Antonieta, desde a queda, a família iniciou um processo de reaproximação, após um afastamento que durou quase um ano. "Nesse ponto, o acidente foi bom", disse ela.
Na queda, Facci quebrou o maxilar. O acidente é apontado pela família como um dos motivos para a fragilidade do patriarca e a posterior contração da pneumonia, que o matou. Outro motivo da fragilidade seria o assassinato do filho Quintino Francisco Facci, em dezembro de 2002.
Antonieta afirmou acreditar que o pai mudaria o testamento agora com a melhora do relacionamento. "Estamos todos machucados com o que aconteceu, está doído", afirmou ela.
A filha Wilda Facci, 52, não quis comentar o documento assinado pelo pai, porque disse que não teve acesso aos papéis. Afirmou que preferia não fazer comentários para não prejudicar a amizade dos irmãos, que está indo bem.
Quintino José Facci, o herdeiro, confirma essa aproximação. José disse que, após o pai ficar doente, ele voltou a conversar com as irmãs, depois de uma separação de dez meses. "Colocamos uma pedra em cima de tudo. Estamos nos dando muito bem. Eu tinha muita saudade de conversar com elas", afirmou José.
Ainda segundo ele, essa situação pode fazê-lo transferir parte dos bens que recebeu do pai a elas. "No decorrer do inventário, as coisas vão ser colocadas no lugar", afirmou.
Embora esteja bem com as irmãs Antonieta, Wilda, Regina e Estela, José não se reaproximou dos irmãos Antonio e Quintininho. "Não tenho nada contra, mas são eles para lá e eu para cá."
Regina, Estela, Antonio e Quintininho foram procurados pela Folha, mas não foram encontrados. Parte deles estava descansando após ter passado a noite no velório do pai.


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