LUÍSA BRITO
DA REPORTAGEM LOCAL

O Estado de São Paulo passa a ter hoje 40 milhões de habitantes, superando a população de 178 países. Na América do Sul, só perde para a Colômbia. Segundo projeções da Fundação Seade, a nova marca tem hora certa para ser atingida: 14h36. O cálculo foi feito com base em dados de nascimentos, mortes e migrações.
Unidade da federação com maior concentração de pessoas do país, São Paulo responde hoje por 21% da população nacional. O Estado chega a esse número com registros de crescimento superiores à média nacional.
Já a capital paulista conta com 10,7 milhões de habitantes.
Os dados da Seade (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados) mostram uma desaceleração no Estado. A década de 50 foi o período de maior expansão, com crescimento de 3,6% ao ano, enquanto o Brasil registrou taxa média de 3,2%.
Entre 1991 e 2000, o crescimento foi de 1,8% ao ano. De acordo com a professora da USP Sueli Angelo Furlan, doutora em geografia, a mobilidade social foi responsável pelo crescimento nos anos 50, que ocorreu principalmente devido à industrialização.
Segundo a professora, nos anos 70 houve uma desconcentração industrial para cidades como Ribeirão Preto e região de Sorocaba, em parte devido ao menor custo de investimento e de mão-de-obra. "Hoje em dia, parte da região metropolitana se transformou num centro de prestação de serviço e do capital financeiro."
Entre os 645 municípios paulistas, 287 têm menos de 10 mil habitantes. Borá (a 481 km a oeste da capital) é o menor, com 831 moradores. Entre os que registraram decréscimo populacional, Itaóca (a 341 km a sudoeste) apresenta o maior índice: -1,7%.

Envelhecimento
A grande migração de pessoas nas faixas dos 20 e 30 anos entre as décadas de 60 e 80 e a queda do índice de natalidade verificada desde 1984 causaram o envelhecimento da população paulista.
O grupo de pessoas com idade entre 45 e 59 anos foi o que registrou maior aumento populacional (4,2%) entre 2000 e 2005. O segundo maior crescimento (3,9%) aconteceu na faixa etária dos 60.
As mulheres são maioria. De acordo com a Seade, isso ocorre porque há um diferencial de expectativa de vida entre os dois sexos. As mulheres vivem cerca de oito anos a mais que os homens.
No site da Fundação Seade (www.seade.gov.br) é possível acompanhar, minuto a minuto, o crescimento da população por meio de um relógio populacional.
Hoje, às 14h, o governador Geraldo Alckmin (PSDB), estará na entidade filantrópica Amparo Maternal, na Vila Clementino (zona sul), para visitar o bebê que será escolhido como símbolo da marca de 40 milhões de habitantes. Na instituição nascem cerca de 8% das crianças da Grande SP.


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