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Plantão médico
Simpósio debate ritmos biológicos
JULIO ABRAMCZYK
COLUNISTA DA FOLHA
Quando o horário de verão
terminou em fevereiro e voltamos ao horário normal das
nossas atividades diárias, praticamente não sentimos diferença significativa.
Mas não foi o que ocorreu
em outubro do ano passado,
quando adiantamos em
uma hora os nossos relógios
para entrarmos no horário
de verão.
Essa alteração de horários
repercute em nosso relógio
biológico da mesma forma
que o jet lag nos aparece após
longas viagens aéreas. Nos
dois casos, após alguns dias, o
nosso ritmo biológico já está
adaptado ao novo horário.
A avaliação das mudanças
de horário em nosso organismo faz parte da cronobiologia,
a ciência que estuda os ritmos
biológicos.
Com o objetivo de estimular a formação de jovens cientistas para essa área, o Instituto de Ciências Biomédicas da
USP promove em Águas de
Lindóia (SP), de 21 a 23 de
agosto, o 9º Simpósio Brasileiro de Cronobiologia. No programa, apresentação de projetos de pesquisa de alunos de
iniciação científica e de pós-graduação e uma mesa-redonda sobre os rumos da cronobiologia no Brasil.
Segundo o professor Leandro Duarte, do ICB/USP, existem diferenças individuais de
acordo com o "cronotipo" de
cada pessoa. Assim, indivíduos matutinos preferem
acordar cedo e têm dificuldade para se manter acordados
após o horário habitual de
dormir. Os vespertinos preferem ir para a cama bem tarde
e quando acordam cedo podem cochilar durante o dia ou
apresentar problemas de
atenção no trabalho.
Mas a grande maioria da população, assinala Duarte, faz
parte do tipo intermediário e
pequena parcela da população
se enquadra nos tipos matutinos e vespertinos extremos.
Os intermediários conseguem se ajustar aos horários
impostos mais facilmente
do que os vespertinos e
matutinos.
NA INTERNET - Mais informações
sobre cronobiologia em
www.crono.icb.usp.br
lduarte@icb.usp.br
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