São Paulo, domingo, 30 de julho de 2006

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Plantão médico

Simpósio debate ritmos biológicos

JULIO ABRAMCZYK
COLUNISTA DA FOLHA

Quando o horário de verão terminou em fevereiro e voltamos ao horário normal das nossas atividades diárias, praticamente não sentimos diferença significativa.
Mas não foi o que ocorreu em outubro do ano passado, quando adiantamos em uma hora os nossos relógios para entrarmos no horário de verão.
Essa alteração de horários repercute em nosso relógio biológico da mesma forma que o jet lag nos aparece após longas viagens aéreas. Nos dois casos, após alguns dias, o nosso ritmo biológico já está adaptado ao novo horário.
A avaliação das mudanças de horário em nosso organismo faz parte da cronobiologia, a ciência que estuda os ritmos biológicos.
Com o objetivo de estimular a formação de jovens cientistas para essa área, o Instituto de Ciências Biomédicas da USP promove em Águas de Lindóia (SP), de 21 a 23 de agosto, o 9º Simpósio Brasileiro de Cronobiologia. No programa, apresentação de projetos de pesquisa de alunos de iniciação científica e de pós-graduação e uma mesa-redonda sobre os rumos da cronobiologia no Brasil.
Segundo o professor Leandro Duarte, do ICB/USP, existem diferenças individuais de acordo com o "cronotipo" de cada pessoa. Assim, indivíduos matutinos preferem acordar cedo e têm dificuldade para se manter acordados após o horário habitual de dormir. Os vespertinos preferem ir para a cama bem tarde e quando acordam cedo podem cochilar durante o dia ou apresentar problemas de atenção no trabalho.
Mas a grande maioria da população, assinala Duarte, faz parte do tipo intermediário e pequena parcela da população se enquadra nos tipos matutinos e vespertinos extremos. Os intermediários conseguem se ajustar aos horários impostos mais facilmente do que os vespertinos e matutinos.

NA INTERNET - Mais informações sobre cronobiologia em www.crono.icb.usp.br
lduarte@icb.usp.br

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