São Paulo, Sexta-feira, 30 de Julho de 1999
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Para críticos, é 'maquiagem'

da Reportagem Local

Entidades ligadas à área da saúde não consideram que a reforma anunciada para o sistema de assistência municipal seja suficiente para sanar os problemas causados com a implantação do PAS.
Para Henrique Carlos Gonçalves, do Conselho Regional de Medicina, a reforma não pode ser encarada como o fim do PAS. "Qualquer restrição aos prejuízos do PAS é bem-vinda. Mas, com esse sistema híbrido, não temos garantia de atendimento integral ao paciente."
Segundo ele, a maior parte dos recursos financeiros destinados à saúde vai continuar com as cooperativas, já que atendimentos em ambulatórios de especialidades e hospitais -os mais caros- vão continuar no sistema cooperativado. "A prefeitura continua sem poder de intervenção."
José Erivalder Guimarães, presidente do sindicato dos médicos, avalia a reforma como uma "maquiagem no sistema."
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde, as medidas estão longe do que precisa ser feito para que o município volte a receber recursos do SUS. "É preciso que assuma a gestão da totalidade de suas UBSs e dos hospitais", diz.
De acordo com o secretário Pagura, extinguir todas as cooperativas hoje seria inviável. "O modelo é ágil. Se acabássemos com tudo, teríamos enorme dificuldade para comprar medicamentos, por exemplo, o que dependeria de licitações."
Segundo Pagura, os resultados do novo sistema serão avaliados dentro de um ano. (PL)

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