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Falta de verba ameaça em PE programa para menor infrator
da Agência Folha
Um programa que recupera
adolescentes infratores sem que
haja a internação na Grande Recife (PE) -premiado pela Fundação Abrinq no ano passado- está sendo esvaziado por falta de
verbas.
É o que afirma o criador e coordenador do "Programa de Medidas Socioeducativas em Meio
Aberto", o juiz Luiz Carlos de Barros Figueiredo, 46, da 2ª Vara da
Infância e da Juventude de Recife,
cujo programa recupera 92% dos
infratores acompanhados, segundo a Fundação Abrinq.
O adolescente infrator é mantido em liberdade e acompanhado
durante seis meses, pelo menos,
por uma pessoa da comunidade
onde mora indicada pelas associações de bairros.
O "agente comunitário" tem de
acompanhar o adolescente e verificar os principais problemas do
dia-a-dia. Em um relatório bimestral, ele descreve o comportamento desse adolescente para a
Vara da Infância e da Juventude.
Segundo o juiz, desde março, a
verba para o pagamento do salário mensal dos "agentes comunitários" -cerca de R$ 120 mensais- está comprometida por
causa de um corte no repasse dos
recursos das prefeituras e do Estado. As ONGs (Organizações Não-Governamentais) que fazem parte do programa estão arcando
com parte dos salários.
De acordo com os Conselhos
Estadual e Municipal da Criança e
do Adolescente, não há uma verba destinada exclusivamente ao
programa -único que cuida de
menores em liberdade no Estado.
De março até hoje, 44 orientadores pediram desligamento do
programa. Restam 25 orientadores, que assistem 60 menores. Os
outros 181 adolescentes que fazem parte do programa são atendidos apenas no Juizado de Menores, sem o acompanhamento
dos "agentes comunitários".
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