ANDRÉ LOZANO
da Reportagem Local

A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo vai promover em agosto a reestruturação das áreas de policiamento do interior. A medida implica a extinção de dois departamentos hoje responsáveis pelo comando do interior: o Deinter, da Polícia Civil, e o CPI, da Polícia Militar.
O que ocorrerá é a compatibilização das áreas de atuação das duas polícias, a diminuição de chefias regionais e a descentralização dos comandos responsáveis pelo interior.
Como resultado dessas mudanças, a secretaria espera aumentar o efetivo de policiais nas ruas das cidades do interior.
A compatibilização territorial, programa já implantado pelo secretário da Segurança, Marco Vinicio Petrelluzzi, entre as delegacias e os batalhões da capital, significará o reordenamento dos limites de atuação das Polícias Militar e Civil no interior.
Hoje, um distrito policial pode ser responsável por uma cidade do interior e o batalhão da PM instalado nessa cidade ter de se ocupar desse município e de mais dois ou três.
Com a adequação de área, distritos policiais e batalhões da PM do interior passarão a responder pelo mesmo território.
O objetivo dessa medida, segundo a secretaria, é determinar com precisão a área de responsabilidade de cada unidade policial, para que depois possa ser cobrada a produtividade.
Cada delegacia e batalhão responsáveis por um território terá de encaminhar à Secretaria da Segurança relatórios trimestrais sobre o alcance ou não das metas impostas para a região.
Por exemplo, se essas unidades estão situadas em uma região de rota de tráfico de drogas, a principal meta cobrada delas será a prisão de quadrilhas de traficantes.
Dessa maneira, vai ser possível apontar quais unidades não conseguiram diminuir a violência em sua região e quais os DPs e batalhões que atingiram suas metas.

Chefias regionais
O projeto prevê a redução de 18 chefias regionais da Polícia Civil para seis diretores de departamentos regionais.
Na prática, a atual diretoria do Deinter (Departamento de Polícia Judiciária do Interior), que funciona na capital, será substituída por seis departamentos descentralizados.
Já delegados regionais deixarão suas tarefas administrativas para trabalhar na área operacional.
A secretaria alega que a extinção dos delegados regionais vai diminuir a burocracia e agilizar a troca de informações entre as seccionais e o comando da segurança pública. Isso porque o atual excesso de chefes no interior acaba diluindo o cumprimento de ordens e orientações.
Situação semelhante vai ocorrer com o CPI (Comando de Policiamento do Interior). Nesse caso, também haverá comandos descentralizados. A secretaria diz que essa reformulação vai proporcionar o aumento do efetivo de policiais civis e militares nas ruas.
Está em fase final o estudo da divisão geográficas desses novos comandos. Depois de determinado o "mapa do interior", será a vez de estabelecer as metas de cada área.


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