São Paulo, sexta-feira, 30 de agosto de 2002
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PANORÂMICA IMPRENSA Equipe do "Agora" é detida por dez horas após reportagem em escola Dois jornalistas do "Agora", da Empresa Folha da Manhã, foram detidos pela Ronda Escolar da Polícia Militar durante reportagem em uma escola municipal. A repórter Maeli Prado e o fotógrafo Gilberto Marques ficaram detidos por dez horas. A equipe retornava anteontem da escola de ensino fundamental Leonardo Villas Boas, no Campo Limpo (zona sul), onde apurava suposta obrigatoriedade de uso de camiseta ou carteirinha para frequentar as aulas. Um carro da Ronda Escolar abordou o táxi que estava a serviço do "Agora", e o policial disse que recebera denúncia de que "um homem e uma mulher tinham colocado crianças em um táxi perto da escola". A equipe se identificou, mas o PM levou Maeli e Marques à delegacia. Na delegacia, a diretora da escola, Marilande Souza Ferreira Prado, 34, duas funcionárias e as mães de dois alunos -D.S.C., 12, e J.J.C.N., 11- acusavam os repórteres de má-fé em relação às crianças, já que a reportagem ofereceu carona aos alunos a fim de entrevistar seus pais. Os meninos chegaram a entrar no táxi, mas foram retirados do carro pela assistente de direção da escola Élia Maria de Oliveira Lima, 45, que, antes, conversara com os repórteres sobre o caso. Foi registrado um boletim de ocorrência, e os filmes foram apreendidos. Para o advogado Luis Francisco Carvalho Filho, da Folha da Manhã, a apreensão constitui "um embaraço à liberdade de imprensa". O Comando Geral da PM informou que a atitude "foi a mais correta possível naquela situação". "Havia uma denúncia de que pessoas estavam se passando por repórteres e oferecendo carona aos alunos. Nossa obrigação era averiguar e foi isso o que fizemos", disse o coronel Eliseu Leite de Moraes. A Secretaria Municipal de Educação não quis comentar o caso. Texto Anterior: Exigências vão dificultar multa Próximo Texto: Intoxicação: Crianças comem achocolatado com veneno Índice |
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