São Paulo, segunda-feira, 30 de agosto de 2010

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Parque fica lotado mesmo com baixa umidade do ar

OCIMARA BALMANT
DE SÃO PAULO

Por volta das 13h de ontem, a fila para se refrescar nas duchas do parque Ibirapuera era grande. Sob um calor de 31º C, a espera para receber gotículas de água chegava a dez minutos.
"Com o tempo seco, parece que você vai desmaiar no meio da corrida", disse o engenheiro Pedro Tavares, 43.
Assim como ele, paulistanos de toda a cidade arriscavam-se em horário inapropriado. Com a baixa umidade do ar, chegou a 23% ontem, a recomendação da Defesa Civil é que a população evite praticar exercícios físicos entre as 10h e as 16h.
"Acordei, tomei café e vim correr. Cheguei às 11h e vou ficar até as 14h. Saio direto para o almoço", disse a psicóloga Anne Gouveia, 27. "Eu sei que o horário é ruim, mas é a hora que posso."
A comerciante Káthia Cruz, 42, saiu de casa, em Santana (norte), às 10h, com as filhas Luíza, 9, e Nayara, 5. "É longe e eu venho para passar o dia. Não dá para chegar só no fim da tarde", disse.
Nem os cães escaparam. Na fila da ducha, a empresária Tânia Melo, 32, queria refrescar seu poodle. "Estou preocupada com ele. Coitado, com esse monte de pelo". Não era melhor ter deixado o bicho em casa? "Claro que não. Se a dona passa calor, ele passa junto."
Na ciclovia da marginal Pinheiros, os ciclistas aproveitavam para pedalar pelos 14 km que ligam a estação Jurubatuba à Vila Olímpia e seguir na ciclofaixa, que, aos domingos, interliga os parques Ibirapuera, das Bicicletas e do Povo. "A ciclofaixa funciona até as 14h. Então, tem que beber água e encarar o sol, não dá para esperar", disse Heitor Correia, 27.


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