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Parque fica lotado mesmo com baixa umidade do ar
OCIMARA BALMANT
DE SÃO PAULO
Por volta das 13h de ontem, a fila para se refrescar
nas duchas do parque Ibirapuera era grande. Sob um calor de 31º C, a espera para receber gotículas de água chegava a dez minutos.
"Com o tempo seco, parece que você vai desmaiar no
meio da corrida", disse o engenheiro Pedro Tavares, 43.
Assim como ele, paulistanos de toda a cidade arriscavam-se em horário inapropriado. Com a baixa umidade
do ar, chegou a 23% ontem, a
recomendação da Defesa Civil é que a população evite
praticar exercícios físicos entre as 10h e as 16h.
"Acordei, tomei café e vim
correr. Cheguei às 11h e vou
ficar até as 14h. Saio direto
para o almoço", disse a psicóloga Anne Gouveia, 27. "Eu
sei que o horário é ruim, mas
é a hora que posso."
A comerciante Káthia
Cruz, 42, saiu de casa, em
Santana (norte), às 10h, com
as filhas Luíza, 9, e Nayara, 5.
"É longe e eu venho para passar o dia. Não dá para chegar
só no fim da tarde", disse.
Nem os cães escaparam.
Na fila da ducha, a empresária Tânia Melo, 32, queria refrescar seu poodle. "Estou
preocupada com ele. Coitado, com esse monte de pelo".
Não era melhor ter deixado o
bicho em casa? "Claro que
não. Se a dona passa calor,
ele passa junto."
Na ciclovia da marginal Pinheiros, os ciclistas aproveitavam para pedalar pelos
14 km que ligam a estação Jurubatuba à Vila Olímpia e seguir na ciclofaixa, que, aos
domingos, interliga os parques Ibirapuera, das Bicicletas e do Povo. "A ciclofaixa
funciona até as 14h. Então,
tem que beber água e encarar
o sol, não dá para esperar",
disse Heitor Correia, 27.
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