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14 obras previstas seriam inviáveis
DA REPORTAGEM LOCAL
Segundo Rose Pavan, chefe da
assessoria técnica de planejamento da Secretaria Municipal da
Educação, a rede herdou uma situação caótica. Somente otimizando espaço e pessoal, ela afirma
ter conseguido um crescimento
de 94.551 alunos em seis meses
-de 835.819 para 930.370 matriculados nos ensinos infantil, fundamental, médio e supletivo, um
aumento de 11,3%.
Além disso, Rose diz que encontrou verdadeiras aberrações no
Orçamento de 2001. Das 38 obras
previstas para a SME, 14 eram inviáveis, de acordo com ela.
Foi proposta e aprovada, por
exemplo, a construção de seis escolas sem que as emendas indicassem terrenos para as edificações. Outras três estão com impedimento porque as áreas previstas
no Orçamento já estavam reservadas à Secretaria de Meio Ambiente para a construção de parques e áreas verdes.
Duas obras que substituiriam
escolas de emergência (as "latinhas") não puderam ser realizadas por ultrapassarem a área em
que a legislação permite construir. "Tive de fazer projetos especiais para caber naqueles terrenos
sem ferir a legislação e isso envolve licitação e tempo."
Duas unidades previstas no Orçamento não tinham áreas regularizadas no Departamento de Patrimônio, por serem áreas de ocupação irregular ou de manancial.
"Tem uma obra exemplar: a
Emei [Escola Municipal de Educação Infantil" Jaraguá. O terreno
proposto para construir é uma
praça arborizada; eu não posso
derrubar uma praça", afirmou.
"Pode ter havido problema em
uma, mas em 14, eu não acredito.
Os projetos passam por análise de
engenheiros, técnicos de carreira.
O PT não gosta de fazer obras,
gosta de cobrar das administrações passadas", afirmou Antenor
Braido, secretário da Comunicação Social da administração Celso
Pitta (PTN).
Segundo Antonio Carlos Machado, coodenador-geral dos núcleos de ação educativa do município, o Orçamento deste ano prevê um gasto de R$ 51 milhões para
a construção de 35 escolas de educação infantil e fundamental, com
entrega programada para até o
primeiro semestre de 2002.
Orçamento participativo
O Orçamento Participativo tem
um bom diagnóstico do que precisa ser feito para solucionar o
problema da falta de escolas em
São Paulo, segundo o secretário
municipal da Educação, Fernando José de Almeida.
Foi sugerida no plano de obras
votado no conselho, depois de assembléias realizadas com as comunidades, a construção de 61
creches, de 36 Emeis (Escola Municipal de Educação Infantil) e de
20 Emefs (Escola Municipal de
Ensino Fundamental). A proposta deve ir agora para votação na
Câmara até o fim do ano. A secretaria ainda não sabe quanto o próximo Orçamento vai destinar para a construção de escolas.
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