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ESTACIONAMENTO
Serviços de valets terão que dispor de local próprio para guardar os carros e obter permissão da prefeitura
Exigência para manobrista entra em vigor
ALENCAR IZIDORO
DA REPORTAGEM LOCAL
A lei que regula os serviços de
manobristas na cidade de São
Paulo, conhecidos como valets,
começará a ser fiscalizada a partir
de hoje. Além de ser obrigada a ter
autorização da prefeitura, a atividade deverá atender a uma série
de regras, como dispor de estacionamento para guardar os veículos
-não podendo deixá-los nas
ruas- com seguro contra roubo,
furto, colisão e incêndio.
As novas normas constam da
regulamentação da lei dos valets,
publicada no dia 2 de julho e que
deu um prazo de 120 dias para a
sua aplicação. Até então, todos os
prestadores do serviço eram considerados irregulares, por não haver lei própria para a atividade.
As mudanças foram feitas após
uma CPI (Comissão Parlamentar
de Inquérito) da Câmara Municipal apontar uma série de transtornos causados pelas empresas, como deixar os carros em vias públicas e calçadas e não se responsabilizar pelos danos.
A Secretaria das Subprefeituras
informou anteontem que as equipes de fiscalização irão para a rua
a partir de hoje nas regiões que
concentram casas noturnas, bares
e restaurantes. A pasta não soube
dizer, porém, quantas serão as
equipes nem quantas empresas
chegaram a se regularizar.
As punições começam com
uma notificação, dando prazo de
30 dias para a regularização, e, em
seguida, multa de R$ 5.000, que
dobra na reincidência. O descumprimento depois das multas pode
levar à interdição do valet e do estabelecimento onde ele atua.
Além da obrigatoriedade do seguro e do estacionamento, as empresas de manobristas terão que
informar, em local visível, preços,
localização do estacionamento e
quantidade de vagas disponível.
A lei também prevê uma série
de condições que ainda não será
atendida hoje pela maioria das
empresas, conforme admite a associação que reúne os valets.
A entidade estima a presença de
300 prestadores desse serviço na
capital paulista (contra 600 citados pela CPI). Mas ela só tem 65
filiados e avalia que, na melhor
das hipóteses, somente metade
deles deverá "estar com tudo em
dia" a partir de hoje. "O restante
deve se ajustar até fevereiro", diz
Syrius Lotti Júnior, diretor da associação, que defende, porém, a
nova lei para "eliminar aqueles
que não têm condição".
Lotti Júnior diz que a principal
dificuldade por enquanto é para a
obtenção do termo de permissão
municipal, quando são cobrados
das empresas R$ 1.000 anuais de
cada um dos pontos de embarque
e desembarque que elas tiverem.
Em caso de eventuais prejuízos,
a lei, de autoria do vereador William Woo (PSDB), responsabiliza não somente as empresas de
manobristas como os estabelecimentos que elas atenderem.
As 31 subprefeituras têm aproximadamente 700 fiscais para diversos tipos de irregularidades.
Quem se sentir prejudicado pelos serviços de manobristas deve
fazer a reclamação pelo telefone
156, que funciona 24 horas.
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