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ARGENTINA
Para ministro, SP é mau exemplo em segurança
SILVANA ARANTES
DE BUENOS AIRES
O ministro do Interior da Argentina, Aníbal Fernández, apontou São Paulo como exemplo negativo de segurança, ao lado do
México e da Colômbia.
"A Argentina não é a Colômbia,
nem o México, nem a cidade de
São Paulo", comparou ele, ao comentar a solução dada nesta semana pela polícia local a um caso
de seqüestro, encerrado com a libertação da refém e sem o pagamento do resgate.
A declaração de Fernández foi
feita em jantar com representantes da Associação de Entidades
Jornalísticas Argentinas, na quinta-feira, e reproduzida ontem pelo jornal "La Nación".
À Folha, o porta-voz do ministro, Fernando Coradazzi, disse
que ele não iria "aprofundar o assunto" e que havia feito "apenas
um comentário estatístico, sem
intenção de entrar nos temas da
polícia brasileira".
De 23 de setembro a 23 de outubro, foram realizados 28 seqüestros (incluindo os relâmpagos) na
Argentina, de acordo com o jornal "Clarín". O governo do presidente Néstor Kirchner tenta capitalizar a libertação da empresária
Patricia Nine, no último domingo, depois de 25 dias de cativeiro.
O aumento dos índices de violência urbana e a falta de confiança da população na polícia são
uma das principais fragilidades
do governo Kirchner.
Foi de um caso de seqüestro
com desfecho trágico -o assassinato do estudante Axel Blumberg, em abril- que surgiu a
maior liderança civil no recente
panorama político do país. O engenheiro Juan Carlos Blumberg,
pai do jovem assassinado, conquistou o apoio de milhões de argentinos numa "cruzada contra a
insegurança". Blumberg tornou-se ativista pela mudança das leis
sobre criminalidade.
No mesmo dia em que Nine foi
libertada, a residência presidencial foi invadida por um homem,
que permaneceu por três horas
sem ser abordado e fugiu.
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