São Paulo, terça-feira, 30 de outubro de 2007

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Elisabete Hart, a eterna voz do Oscar

WILLIAN VIEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Quem viu a entrega do Oscar pela TV Globo nas décadas de 1980 e 1990 tem na memória a voz de Maria Elisabete Figueiredo Hart. Sem mostrar o rosto, a intérprete virou sinônimo do evento na televisão brasileira.
Por mais de 15 anos ela recebeu elogios por sua pronúncia e entonação, e críticas, por traduzir cada detalhe da cerimônia, inclusive as piadas. Aos poucos tornou-se mais sintética. Dizem os críticos mais ácidos que, com o passar dos anos, dava para ouvir o som local do teatro onde acontece o Oscar.
Nascida no Rio de Janeiro, Hart foi para os Estados Unidos viver com o marido, onde ficou por dez anos. Tinha orgulho de ter aprendido inglês não na escola, mas na vida.
Sua voz ecoou pela primeira vez em 1981, quando narrou, ao vivo, o casamento do príncipe Charles com a princesa Diana. Já em 1983 virou intérprete do Oscar na Globo -onde participou também da primeira transmissão simultânea de uma guerra, a do Golfo, em 1991, traduzindo direto da CNN.
Hart tinha dois filhos, três netos e duas paixões: o samba da Mangueira, que a levou para o sambódromo por seguidos 13 anos, e o futebol do Flamengo, que acompanhava no Maracanã. Ela morreu ontem de câncer, aos 64 anos, no Rio.


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