São Paulo, terça-feira, 30 de outubro de 2007

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ONGs recebem contribuições do poder público e de particulares

LUISA ALCANTARA E SILVA
DA REDAÇÃO

Além de receberem recursos do município e do Estado, as duas ONGs nas quais o padre Júlio Lancelotti é voluntário -Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto e Casa Vida- recebem também doações particulares, que podem ser entregues nos endereços das instituições ou para voluntários. Elas podem ser em dinheiro ou em bens materiais -como roupas, alimentos e brinquedos.
O padre, diz a direção das ONGs, não tem acesso a essas contas bancárias e, como voluntário, não é remunerado.
O Bom Parto, no Belém, recebe cerca de R$ 588 mil mensais da prefeitura, via Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social. A ONG repassa o valor para 33 entidades, que realizam 36 serviços, como educação e apoio psicológico para crianças e jovens.
Segundo nota da entidade, Lancelotti é "simplesmente um conselheiro" e não tem acesso aos recursos financeiros.
O conselho deliberativo, do qual o padre faz parte, participa de reuniões para decidir se a ONG deve, por exemplo, aceitar ou não se responsabilizar por uma instituição.
Só a presidente e o primeiro tesoureiro movimentam as contas do Bom Parto. Na falta deles, a vice-presidente e o segundo tesoureiro se responsabilizam. O conselho fiscal gerencia os gastos.
A secretaria municipal informou não ter registrado irregularidades nas contas da ONG.
Na Casa Vida, que cuida de crianças e adolescentes com HIV, o padre atua como diretor voluntário. Lá, ele também não tem acesso às finanças das unidades, que recebem, juntas, R$ 30 mil mensais, via Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social, que afirmou não ter registro de problemas com a ONG.

Veja a lista das 33 entidades

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