São Paulo, quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

entrevista

Aluno diz que foi retirado a "pontapés"

DA REPORTAGEM LOCAL

Aluno do curso de Letras na USP, Jarbas Rezende Lima conta sua versão para o episódio. (VQG)

 

FOLHA - Que houve na festa?
JARBAS REZENDE LIMA
- Estávamos dançando. Nos beijamos aleatoriamente. Foi muito rápido. O DJ, que também é presidente do centro acadêmico, parou a música e ficou apontando.
Continuamos nos beijando. Aí veio um rapaz, caímos no chão e fomos expulsos de lá a empurrões e a pontapés.

FOLHA - O que eles diziam?
LIMA
- Que era errado, que fomos atrapalhar a festa, que o que fizemos era atentado ao pudor.

FOLHA - Vocês se excederam?
LIMA
- Acredito que não.

FOLHA - Teve agressão física
LIMA
- Nos expulsaram da forma mais violenta. Não vieram conversar. Haveria outras formas.

FOLHA - Por que vocês prestaram queixa na delegacia?
LIMA
- Foi uma forma de oficializar um crime. Eles devem ser intimados para contar a versão deles.

FOLHA - É comum ver casais gays se beijarem na USP?
LIMA
- Se fosse em qualquer outro centro isso jamais teria acontecido.

FOLHA - Já sofreram preconceito na universidade?
LIMA
- Dessa forma, não. Quando beijo algum rapaz na festa, sempre tem um que olha com a cara torta ou que dá uma risadinha.
Mas quando passa dessa opinião particular para agressão é um erro.

FOLHA - O que vocês esperam com esse beijaço?
LIMA
- É uma forma de se manifestar publicamente. Nunca vi uma festa lá ser parada porque alguém estava se beijando.

FOLHA - Há muitos gays na veterinária?
LIMA
- Não sei porque não sou aluno do curso. Na USP, sim. E é assumido.


Texto Anterior: USP terá "beijaço" após casal gay ser expulso de festa
Próximo Texto: Manifestação: Ato de sem-teto na Paulista causa 2 km de lentidão
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.