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entrevista
Aluno diz que foi retirado a "pontapés"
DA REPORTAGEM LOCAL
Aluno do curso de Letras na USP, Jarbas Rezende Lima conta sua versão para o episódio.
(VQG)
FOLHA - Que houve na festa?
JARBAS REZENDE LIMA - Estávamos dançando. Nos beijamos aleatoriamente. Foi
muito rápido. O DJ, que
também é presidente do
centro acadêmico, parou a
música e ficou apontando.
Continuamos nos beijando. Aí veio um rapaz, caímos no chão e fomos expulsos de lá a empurrões e
a pontapés.
FOLHA - O que eles diziam?
LIMA - Que era errado, que
fomos atrapalhar a festa,
que o que fizemos era
atentado ao pudor.
FOLHA - Vocês se excederam?
LIMA - Acredito que não.
FOLHA - Teve agressão física
LIMA - Nos expulsaram da
forma mais violenta. Não
vieram conversar. Haveria
outras formas.
FOLHA - Por que vocês prestaram queixa na delegacia?
LIMA - Foi uma forma de
oficializar um crime. Eles
devem ser intimados para
contar a versão deles.
FOLHA - É comum ver casais
gays se beijarem na USP?
LIMA - Se fosse em qualquer outro centro isso jamais teria acontecido.
FOLHA - Já sofreram preconceito na universidade?
LIMA - Dessa forma, não.
Quando beijo algum rapaz
na festa, sempre tem um
que olha com a cara torta
ou que dá uma risadinha.
Mas quando passa dessa
opinião particular para
agressão é um erro.
FOLHA - O que vocês esperam
com esse beijaço?
LIMA - É uma forma de se
manifestar publicamente.
Nunca vi uma festa lá ser
parada porque alguém estava se beijando.
FOLHA - Há muitos gays na
veterinária?
LIMA - Não sei porque não
sou aluno do curso. Na
USP, sim. E é assumido.
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