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ANTONIO LEBRE PINTO (1906-2010)
Ex-aluno mais antigo do São Luís
ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO
Em 2007, nas comemorações de seus 140 anos, o colégio São Luís, em SP, realizou
uma missa em suas dependências. Nela, estava Antonio Lebre Pinto, devidamente vestido com o uniforme da
escola, no papel do mais antigo ex-aluno da instituição.
Antonio somava 101 anos.
O uniforme fora confeccionado pela escola especialmente
para que ele o vestisse na
ocasião. O original, usado
por ele no início do século 20,
ele não tinha mais. A Kombi
do colégio o levou à missa.
Filho de um imigrante português, ele foi neto, pelo lado
materno, do conde de São
Joaquim, um dos fundadores
da Beneficência Portuguesa.
De família católica, estudou primeiro no colégio Arquidiocesano. Mas não se
adaptou bem e, aos 11 anos,
decidiu fugir da escola. Acabou indo para o São Luís, que
naquela época funcionava
em Itu. Tinha um irmão lá.
Quando o colégio se transferiu para a capital em 1918, o
aluno Antonio veio junto.
Terminado os estudos, foi
trabalhar de empacotador na
metalúrgica do pai, na qual
chegou ao cargo de gerente.
Trabalharia ainda como
escriturário, publicitário,
proprietário agrícola e radiodifusor -foi dono da Rede
Alpes, com cinco rádios no
interior de São Paulo.
Em 1929, casou-se com
Lucy, filha de missionários
americanos metodistas. Viveram juntos por 56 anos.
Em 1932, durante a revolução, Antonio serviu no quartel central dos motoristas.
Trabalhou até os 92. No sábado passado, morreu aos
104, de uma broncopneumonia. Teve dois filhos (um deles morreu aos 12 anos), três
netos e seis bisnetos.
coluna.obituario@uol.com.br
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