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Dados de 95 e 96 saem em 10 dias
da Reportagem Local
O Inpe (Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais) informou que
os novos dados sobre desmatamento em toda a Amazônia Legal
nos anos de 95 e 96, que deveriam
ser divulgados nesta semana, somente estarão prontos daqui a cerca de dez dias.
Segundo Thelma Krug, coordenadora geral do observatório da
Terra, responsável pelo levantamento sobre desmatamento, o
atraso no complemento do trabalho se deve a dificuldades na interpretação das imagens do satélite
Landsat.
"Já conseguimos caracterizar a
extensão do desmatamento, mas,
devido à existência de nuvens em
algumas imagens do satélite, não
podemos dizer qual foi a taxa de
desmatamento de um ano e qual
foi a de outro", disse Thelma.
Ela disse não ter condições de
adiantar se as taxas de desmatamento nos últimos dois anos são
crescentes ou decrescentes em relação aos anos anteriores.
O último dado global de desmatamento na região é de 94 e indicava uma taxa de desmatamento
anual de cerca de 1,5 milhão de
hectares -um índice superior ao
verificado no início da década.
Thelma negou que o Inpe esteja
adiando de propósito a divulgação
dos novos dados de desmatamento na Amazônia para depois do
término da convenção internacional das Nações Unidas sobre clima, que começa amanhã em Kyoto, Japão, e se encerra dia 10 -insinuação feita por algumas entidades ecológicas.
"Não é nada disso. O trabalho
ainda não está terminado", disse
Thelma. "Além disso, vamos ser
massacrados de qualquer jeito se
houver aumento na taxa de desmatamento da Amazônia. Não são
dez dias que farão a diferença."
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