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CIDADANIA
Brancos representam 66%; pardos, 28,5%
Negros somam apenas 4% dos funcionários públicos federais
FERNANDA DA ESCÓSSIA
DA SUCURSAL DO RIO
Resultados preliminares de um
cadastramento feito pelo governo
federal apontam uma proporção
de 66% de brancos entre os funcionários públicos federais. Os
que se classificam como pardos
somam 28,5%, e como pretos,
cerca de 4%.
Os dados obtidos até agora
mostram que a proporção de
brancos é maior que a verificada
no conjunto da população
-53,8% em 2000, segundo o IBGE (Fundação Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística).
Em compensação, são menores
no funcionalismo, em relação ao
total da população brasileira, as
proporções de pretos (6,2%) e
pardos (39,1%).
A secretária de Direitos Humanos do Estado do Rio de Janeiro,
Wânia Sant'Anna, membro do
Conselho Nacional de Combate à
Discriminação, já recebeu os resultados preliminares e disse que
teve uma surpresa positiva com
eles: "A gente esperava que essa
sobrerepresentação de brancos
fosse maior. De qualquer modo,
há uma participação de negros".
Sant'Anna disse que, até agora,
cerca de 76% dos 460 mil servidores já haviam respondido ao cadastramento. Por isso, embora os
dados ainda possam sofrer alterações, representam uma amostra
considerável do perfil étnico/racial do funcionalismo.
"O que falta agora é saber a distribuição desses negros, que cargos ocupam e que salários ganham. A nossa intuição é que os
negros se concentram em cargos
subalternos, ganham menos e
pouco aparecem nos escalões superiores", afirmou.
A secretária também elogiou o
fato de a quase totalidade dos servidores que já responderam ao
cadastramento estar informando
sua cor, nos mesmos critérios
usados pelo IBGE. A resposta não
é obrigatória. É a primeira vez que
o cadastramento do funcionalismo público federal indaga a cor
dos servidores.
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