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CHUVAS
Companhia de trens diz, no entanto, acreditar que a estação volte a funcionar antes do fim do prazo dado pela Sabesp
Estação da Luz pode ficar fechada 15 dias
DA REPORTAGEM LOCAL
A Estação da Luz, no centro de
São Paulo, pode permanecer fechada nos próximos 15 dias.
A previsão, segundo a CPTM
(Companhia Paulista de Trens
Metropolitanos), foi dada a partir
do prazo pedido pela Sabesp (responsável pelo saneamento), para
realizar reparos no local. A companhia de trens disse acreditar, no
entanto, que estação volte a funcionar antes do fim do prazo.
Anteontem, por causa da chuva
forte, uma tubulação de esgoto
que passa sob o local ficou sobrecarregada, estourou e provocou
um grande vazamento que inundou a estação.
A plataforma ficou com um forte mau cheiro, de acordo com a
CPTM, e o trânsito de passageiros
foi suspenso por volta das 18h de
anteontem. O embarque e desembarque serão liberados quando
terminar o conserto da rede. A estação recebe aproximadamente
27 mil usuários por dia.
Chuva e protesto
Cerca de cem moradores da favela Oleoduto bloquearam a via
Anchieta, na altura do km 27, sentido litoral, em São Bernardo do
Campo, na tarde de ontem, segundo a Polícia Rodoviária.
Reivindicando água e esgoto, os
moradores atearam fogo em
pneus, colchões e entulho para interditar a pista. Anteontem, o córrego Ribeirão dos Meninos, que
fica na região, transbordou por
causa da chuva.
Houve confronto com a Polícia
Militar. Moradores jogaram pedras nos policiais, que revidaram
com balas de borracha.
A pista norte ficou interditada
das 15h às 16h de ontem. A Ecovias (concessionária da estrada)
montou um desvio para a pista
central, e não houve congestionamento, segundo a concessionária
que administra a rodovia.
No início da noite, de acordo
com a Polícia Rodoviária, cerca de
300 moradores retornaram para
fazer protestos na altura do km 24
da via Anchieta, na pista marginal, no sentido São Paulo. Uma
forte chuva, no entanto, impediu
a manifestação.
A chuva na região derrubou
uma árvore na Estrada Velha, que
dá acesso a Ribeirão Pires, impedindo o tráfego de veículos. A árvore caiu sobre os fios de eletricidade, deixando a região sem luz.
Alguns dos policiais militares
que trabalhavam para conter o
protesto iniciaram a limpeza da
pista, por volta das 20h30. No local, receberam a informação de
que a chuva não derrubara somente a árvore, mas também o teto do próprio quartel em que trabalham.
Ainda na tarde de ontem, a empregada doméstica Dirce Almeida Aquino, 41, tentava limpar a
casa invadida pela lama.
"Qualquer chuva que dá enche
tudo de água. Perdi toda a minha
roupa e os colchões", contou Dirce Aquino.
"Perdi tudo. Só salvei a TV, que
estava em cima da cômoda. Nem
fui trabalhar porque não tinha
roupa", reclamou o office-boy José Aparecido Godinho da Silva,
15, que mora há quatro anos no
local, com a mãe Maria Aparecida
Barbosa da Silva, 32.
Eletropaulo
A Eletropaulo informou ontem
que, apesar de realizar manutenção constante das redes, fica praticamente impossível evitar problemas em dias de chuvas muito intensas como as anteontem.
Segundo a empresa, o problema
ocorre porque a quase totalidade
das redes de luz da cidade é aérea,
e não subterrânea, como seria
ideal, ficando sujeita a desabamentos de árvores.
Anteontem, a Defesa Civil Municipal registrou um total de 33
ocorrências. Dez desses registros
estão relacionados a desabamentos (ou riscos de desabamento) de
árvores, em diferentes regiões da
cidade.
Colaboraram "AGORA" e FOLHA ONLINE
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