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TRANSPORTE
Segundo o Transurb, 90% das 39 empresas da capital efetuaram pagamentos ontem; as demais devem fazê-lo até terça
Viações retrocedem e pagam parcela do 13º
DA REPORTAGEM LOCAL
Parte dos empresários de ônibus que atuam na cidade voltou
atrás e decidiu pagar a primeira
parcela do 13º salário de motoristas e cobradores. Segundo o Transurb (sindicato patronal), 90%
das 39 empresas que operam em
São Paulo efetuaram os pagamentos ontem. As 10% restantes deverão pagar os funcionários até a
próxima terça-feira.
Já o presidente do sindicato dos
motoristas, Edivaldo Santiago,
afirmou que apenas 17 empresas
teriam efetuado os pagamentos e
que as demais se comprometeram a fazê-lo até terça-feira, dia
em que a categoria se reúne em
assembléia. A possibilidade de
uma greve geral está descarta,
mas segundo Santiago, as empresas que não cumprirem o acordo
terão paralisações.
Protestos
Durante toda essa semana, a
possibilidade de um não-pagamento da primeira parcela do 13º
salário provocou rumores de greve e foi um dos fatores que motivou a paralisação da viação Expresso Paulistano -em manifestação que interditou as ruas centrais da cidade durante três dias
consecutivos.
Já os empresários passaram a
semana alegando que não tinham
dinheiro para realizar os pagamentos e chegaram a pedir a ajuda da prefeitura para negociar a
obtenção de empréstimos bancários para os pagamentos da parcela do 13º salário, que venceu ontem. O auxílio municipal facilitaria a conquista de empréstimos
com juros menores, já que os pagamentos seriam responsabilidade do governo. As viações de ônibus alegam não ter crédito no
mercado por causa da situação financeira e de dívidas não quitadas em outros anos. Mas, ontem,
segundo a assessoria de imprensa
do Transurb, cada empresa conseguiu empréstimos junto a bancos -sem ajuda alguma da administração municipal.
Santiago afirma que os empresários estão "cumprindo sua parte nos acordo feitos", mas a rapidez com que os pagamentos foram realizados, segundo ele, mostram que as viações utilizam a
pressão sob a prefeitura como
uma forma de negociação.
No início da semana, os empresários de ônibus reivindicaram
uma remuneração de R$ 1,91 por
passageiro transportado em São
Paulo para cobrir as despesas do
sistema e evitar atrasos salariais.
O valor foi considerado tanto pela
prefeita Marta Suplicy (PT) quanto pelo novo secretário municipal
dos Transportes, Jilmar Tatto,
"assustador" e um "delírio". Mas
ambos não descartam a possibilidade do reajuste.
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