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São Paulo, domingo, 30 de novembro de 2003

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SAÚDE

Moradora reclamou de ter sido acordada por comitiva

Em combate à dengue, ministro é impedido de entrar em casa no Rio

ELVIRA LOBATO
DA SUCURSAL DO RIO

O lançamento do dia D de mobilização contra a dengue no Rio, ontem, foi esfriado pela chuva. A programação do ministro da Saúde, Humberto Costa, por exemplo, foi prejudicada -uma visita a Sepetiba chegou a ser cancelada.
Ele também deveria ensinar duas famílias de Acari (o bairro mais pobre da cidade, com 22 favelas) a prevenir a doença, mas o objetivo foi frustrado. Na primeira casa, não havia plantas, caixa-d'água ou outros focos potenciais do mosquito Aedes aegypti. Na segunda, foi impedido de entrar por uma moradora que reclamou de ter sido acordada pela comitiva. Em uma terceira tentativa, a dona da casa disse que já conhecia as formas de prevenção.
Mesmo assim, o ministro considerou o início da campanha vitorioso. Para ele, houve mobilização da esfera pública e de ONGs em todo o país. Costa esteve no lançamento no Rio por ser o maior alvo de preocupação das autoridades. Em 2002, foram registrados 286,8 mil casos de dengue no Estado (40,15% do total do país).
Dados do ministério, sujeitos a retificação, indicam redução de 61,9% nos casos notificados no país de janeiro a agosto deste ano, comparado a igual período de 2002. No Rio, a queda foi de 96%.
Costa disse que a meta é reduzir em 10% a incidência de casos em 2004 em relação a este ano. A preocupação deve-se ao surgimento do vírus tipo 4 da doença, que representaria ameaça de epidemia de dengue hemorrágica.
A Associação de Moradores de Acari disse que a prefeitura cortou o convênio com agentes que faziam trabalho de prevenção.



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