CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL

O economista João Sayad foi sondado pelo governador eleito José Serra (PSDB) para assumir a Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo. Aliados do tucano apostam na nomeação, mas Sayad ainda hesita em aceitar o cargo.
Serra chegou a sugerir ao PPS - atualmente no comando da pasta- que assumisse a paternidade da indicação.
Mas, após uma série de reuniões com Serra e com o futuro secretário da Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira, a cúpula do PPS ainda resistia à proposta. "O partido não pode tirar um filiado da Cultura e indicar uma pessoa que não é filiada para a vaga", argumentou o presidente nacional do PPS, Roberto Freire, após reunião com Serra.
Até a terça-feira, integrantes do partido ainda acreditavam na possibilidade de se manter na Cultura, mesmo porque havia rumores de que Sayad recusaria o convite. Mas ontem já buscavam outro destino na estrutura do Estado, reivindicando energia ou habitação.
Amigos, Serra e Sayad trabalharam juntos no governo Montoro. Serra é apontado até como um dos padrinhos da nomeação de Sayad na gestão Marta Suplicy, da qual foi secretário de Finanças.
Seu nome chegou a ser cogitado para a área econômica do Estado, mas Serra temeu que a amizade entre os dois produzisse embaraços à gestão.
Doutor em economia pela Universidade de Yale, Sayad é professor da Faculdade de Economia e Administração da USP e colunista da Folha. Ele foi ministro do Planejamento no governo Sarney e secretário da Fazenda no governo Montoro.


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