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Resgate por ambulância em SP demora mais que o dobro da meta
Média é de meia hora, tempo que, segundo a prefeitura, deveria ser de 12 minutos
FABIANE LEITE
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma ambulância do Samu
(Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) demora em
média meia hora para resgatar
uma pessoa na cidade de São
Paulo, tempo que, segundo a
própria prefeitura, gestora do
serviço, deveria ser de no máximo 12 minutos. Das 124 ambulâncias do município, 90 estão
na ativa -há duas semanas
eram apenas 66, pouco mais da
metade do que a cidade precisa.
A própria administração Gilberto Kassab (PFL) reconheceu os problema ontem e prometeu apresentar o serviço reformulado em um mês. As mudanças incluem conscientização da população -cerca de
30% dos 6.000 chamados diários do serviço são trotes -, colocar médicos no processo de
decisão sobre o encaminhamento de pacientes, melhorar a
comunicação entre bases e ambulâncias e o serviço de manutenção -a idéia é manter 120
ambulâncias 24 horas nas ruas.
O Samu é um programa federal de atendimento de urgência, presente em mais de 700
municípios e acionado por
meio do telefone 192. O Ministério da Saúde dá os veículos e
cobre 50% do custo. Cabe às
prefeituras custear os outros
50% da manutenção.
A secretária municipal da
Saúde, Maria Aparecida Orsini
Fernandes, que assumiu há
pouco mais de um mês, disse
ontem que a espera para consultas de ortopedia na cidade é
de, em média, seis meses. "É
prioridade. Não podemos conviver com isso." Também prometeu um hospital na zona sul.
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