São Paulo, domingo, 30 de novembro de 2008

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Deslizamentos inviabilizam retorno a casas

PABLO SOLANO
CINTIA ACAYABA
DA AGÊNCIA FOLHA

Após ficar parcialmente isolada, a zona sul de Blumenau (SC) recebeu a visita de técnicos que constataram a necessidade de remoção de moradores das regiões de encostas.
A conclusão é de análises realizadas pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) e pelo IG (Instituto Geológico), que integram equipe coordenada pela Defesa Civil de São Paulo.
Para a Prefeitura de Blumenau, afirmam os técnicos, bairros como Garcia e Progresso sofreram deslizamentos tão graves que inviabilizaram a volta de desabrigados.
Mas não há previsão de quando serão realizadas as remoções definitivas. O geólogo da prefeitura, Gerson Müller, afirma que a Secretaria de Obras ainda prioriza áreas de risco imediato. A zona sul, afirma, possui ocupações irregulares que ficaram mais vulneráveis às chuvas. Já a região norte da cidade, com morros menos inclinados, foi menos afetada.
Especialistas dizem que a falta de aplicação do plano diretor e a ausência de investigações geotécnicas causaram a tragédia. "O poder público permite a construção em áreas de morro e as pessoas não podem gastar para construir uma casa adequada", diz Glicério Trichês, coordenador de pós-graduação de engenharia civil da UFSC (Universidade Federal de SC).
O coordenador do curso de engenharia civil da Furb (Universidade Regional de Blumenau), Paulo Baier, concorda.
"Com o aumento da população, ninguém atende ao plano diretor, e a prefeitura não faz fiscalização onde deveria."


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