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Deslizamentos inviabilizam retorno a casas
PABLO SOLANO
CINTIA ACAYABA
DA AGÊNCIA FOLHA
Após ficar parcialmente isolada, a zona sul de Blumenau
(SC) recebeu a visita de técnicos que constataram a necessidade de remoção de moradores
das regiões de encostas.
A conclusão é de análises realizadas pelo IPT (Instituto de
Pesquisas Tecnológicas) e pelo
IG (Instituto Geológico), que
integram equipe coordenada
pela Defesa Civil de São Paulo.
Para a Prefeitura de Blumenau, afirmam os técnicos, bairros como Garcia e Progresso
sofreram deslizamentos tão
graves que inviabilizaram a volta de desabrigados.
Mas não há previsão de
quando serão realizadas as remoções definitivas. O geólogo
da prefeitura, Gerson Müller,
afirma que a Secretaria de
Obras ainda prioriza áreas de
risco imediato. A zona sul, afirma, possui ocupações irregulares que ficaram mais vulneráveis às chuvas. Já a região norte
da cidade, com morros menos
inclinados, foi menos afetada.
Especialistas dizem que a falta de aplicação do plano diretor
e a ausência de investigações
geotécnicas causaram a tragédia. "O poder público permite a
construção em áreas de morro
e as pessoas não podem gastar
para construir uma casa adequada", diz Glicério Trichês,
coordenador de pós-graduação
de engenharia civil da UFSC
(Universidade Federal de SC).
O coordenador do curso de
engenharia civil da Furb (Universidade Regional de Blumenau), Paulo Baier, concorda.
"Com o aumento da população, ninguém atende ao plano
diretor, e a prefeitura não faz
fiscalização onde deveria."
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