São Paulo, terça-feira, 30 de novembro de 2010

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Venda de passagens da TAM é suspensa

Determinação da Anac vale nesta semana e visa conter problemas; desde sexta, 10% dos voos foram cancelados

Agência suspendeu os pedidos de acréscimos de voos; passageiros reclamam da falta de informação adequada

DE BRASÍLIA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
DE SÃO PAULO


A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) ordenou a suspensão da venda de passagens pela TAM até sexta-feira para tentar conter os cancelamentos e atrasos, que desde a última sexta causam transtornos aos clientes.
Nesse período, 348 voos da companhia foram cancelados (10% do total programado). Só ontem foram 117 até a conclusão desta edição. Outros 860 voos (24,7% do total) tiveram atraso.
A Anac também iniciou uma auditoria na TAM e suspendeu, por uma semana, os pedidos de acréscimos de voos em sua malha aérea.
A TAM argumenta que, por causa do mau tempo entre quinta e sexta-feira, aeroportos de SP e do Rio foram fechados, e as tripulações tiveram de ser deslocadas.
Para que não extrapolassem o limite de jornada permitido pela legislação, a malha aérea foi remanejada.
A Folha apurou que a TAM, assim como a Gol em julho e a Webjet em setembro, programou mais voos do que a tripulação tinha condições de realizar. A empresa tentou corrigir o problema na quinta e na sexta, cancelando voos de menor demanda.
Em outubro, a TAM liderou as queixas trabalhistas no SNA (Sindicato Nacional dos Aeronautas). O SNA recebeu 39 denúncias de tripulantes da companhia, contra 13 da Gol e seis da Webjet. No mês anterior, a Gol liderou com 31 queixas, contra 22 da TAM e 15 da Webjet.
Ontem, passageiros reclamavam que não vinham recebendo informação adequada da TAM. Alguns se deslocaram entre os aeroportos de Congonhas, Guarulhos e Campinas para pegar voos alternativos.
Foi o caso de 14 passageiros do voo que sairia às 13h12 para Cuiabá: eles fizeram o check-in em Congonhas e pegaram um ônibus para Guarulhos, de onde embarcariam depois das 14h.
O advogado Vagner Moraes, 46, era um desses passageiros. Com o cancelamento, ele perderia o único voo diário de Cuiabá para Rondonópolis (MT) e teria de fazer o percurso restante de carro, em uma viagem de seis horas. "É um caos", disse.
(FLÁVIA FOREQUE, CRISTINA MORENO DE CASTRO e MARIANA BARBOSA)


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