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13 estão internados e estado de modelo é grave
ITALO NOGUEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO
PAULO SAMPAIO
DA REPORTAGEM LOCAL
Treze pessoas seguiam internadas até o fim da tarde de ontem em decorrência da onda de
ataques no Rio de Janeiro. Três
são vítimas do ataque ao ônibus
da viação Itapemirim, na avenida Brasil.
A modelo capixaba Maria
Beatriz Furtado de Araújo, 30,
permanecia hospitalizada em
estado grave. Ela voltava do Espírito Santo, onde passou o Natal com a família.
A modelo sofreu queimaduras em 40% do corpo. As lesões
afetaram principalmente o rosto, comprometendo as narinas.
As queimaduras são de segundo e terceiro grau.
Para poder receber curativos,
teve que passar a respirar com
ajuda de aparelhos.
Bia Furtado, como é conhecida no mercado, faz parte do
casting de modelos da agência
Mega, uma das maiores do Brasil, da qual fazem parte nomes
como Ana Hickman, Isabeli
Fontana e Isabela Fiorentino.
De acordo com Sandra Giuliano, booker da modelo há cerca de dois anos, Bia é o que se
classifica no jargão das agências uma "modelo comercial":
"Seu forte são os catálogos de
grifes e anúncios", diz Sandra.
Segundo ela, a tragédia abalou
todos os funcionários da agência, que estão inconformados e
não param de se ligar para saber notícias da colega.
Sandra diz que, infelizmente,
as queimaduras comprometem
bastante a carreira de Bia: "É
muito triste, mas a gente está
falando de um mercado onde a
aparência é 90% do negócio".
Outras vítimas
Permanecem hospitalizadas
também Fernanda Furtado e
Maria da Penha Moraes. Fernanda, em estado gravíssimo,
teve 54% do corpo queimado,
enquanto Maria, 20%. Ambas
estavam no ônibus. Outras dez
pessoas permaneciam internadas, entre elas, policiais militares que participaram de confronto com bandidos nas operações após os ataques.
Duas das 18 vítimas foram
enterradas ontem: o PM Robson Padilha Fernandes, baleado na viatura na lagoa Rodrigo
de Freitas, e Luis Carlos Moreira da Silva, morto em frente à
28ª Delegacia (Campinho).
Familiares de quatro das vítimas compareceram ao Laboratório de Genética Forense da
Polícia Civil para a coleta do
material necessário para a
identificação dos corpos. Sete
corpos carbonizados permanecem no Instituto Médico Legal.
Para liberá-los, é necessário a
identificação através de exame
de DNA de parentes.
O filho da vendedora Sueli
Maria de Souza, 33, Gabriel Lima Brito, 6, recebeu alta. Ele
tomou um tiro de raspão na cabeça e foi salvo pela mãe.
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