São Paulo, terça-feira, 30 de dezembro de 2008

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Taquígrafos da Câmara de SP vão usar "cola" para evitar erros em textos

DA REPORTAGEM LOCAL

Para quem a escrita é a ferramenta de trabalho, nada melhor do que uma "colinha" ao lado para evitar escrever na antiga ortografia. É o que pretendem fazer os taquígrafos que atuam na Câmara de São Paulo, que se preparam para escrever as atas das sessões e outros textos já na nova ortografia a partir de janeiro.
Responsáveis por anotar tudo o que é conversado nas sessões políticas, os taquígrafos são diretamente afetados pela reforma. Principalmente porque reproduzem discursos das autoridades para a publicação no "Diário Oficial".
Anelise Vasconcellos de Lucena, 46, que é taquígrafa há 16 anos e tem a função de revisar os textos na Câmara, conta que será preciso atenção e ajuda para o trabalho ficar correto. "No começo será um pouco difícil, mas acho que pegaremos mais rápido que outros profissionais que não lidam com o idioma diariamente. Queremos montar uma tabela com as mudanças e deixá-la ao lado do computador."
No segundo semestre deste ano, os taquígrafos participaram de um curso sobre a nova ortografia.
O trabalho desse profissional consiste basicamente em usar uma escrita especial baseada em sons emitidos para conseguir anotar discursos e debates. Depois, eles transcrevem no computador o que anotaram, o que pode ser feito com auxílio de gravadores ou vídeos.
Anelise conta que os textos são finalizados no próprio dia da sessão, e que, por isso, a agilidade também é um dos atributos do taquígrafo. Contudo, os textos são publicados meses depois, devido a trâmites internos.


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