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Taquígrafos da Câmara
de SP vão usar "cola" para evitar erros em textos
DA REPORTAGEM LOCAL
Para quem a escrita é a ferramenta de trabalho, nada
melhor do que uma "colinha" ao lado para evitar escrever na antiga ortografia. É
o que pretendem fazer os taquígrafos que atuam na Câmara de São Paulo, que se
preparam para escrever as
atas das sessões e outros textos já na nova ortografia a
partir de janeiro.
Responsáveis por anotar
tudo o que é conversado nas
sessões políticas, os taquígrafos são diretamente afetados pela reforma. Principalmente porque reproduzem discursos das autoridades para a publicação no
"Diário Oficial".
Anelise Vasconcellos de
Lucena, 46, que é taquígrafa
há 16 anos e tem a função de
revisar os textos na Câmara,
conta que será preciso atenção e ajuda para o trabalho
ficar correto. "No começo será um pouco difícil, mas acho
que pegaremos mais rápido
que outros profissionais que
não lidam com o idioma diariamente. Queremos montar
uma tabela com as mudanças e deixá-la ao lado do
computador."
No segundo semestre deste ano, os taquígrafos participaram de um curso sobre a
nova ortografia.
O trabalho desse profissional consiste basicamente em
usar uma escrita especial baseada em sons emitidos para
conseguir anotar discursos e
debates. Depois, eles transcrevem no computador o
que anotaram, o que pode
ser feito com auxílio de gravadores ou vídeos.
Anelise conta que os textos são finalizados no próprio dia da sessão, e que, por
isso, a agilidade também é
um dos atributos do taquígrafo. Contudo, os textos são
publicados meses depois, devido a trâmites internos.
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