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Expansão territorial de favelas do Rio varia pouco, mas verticalização aumenta
ANTÔNIO GOIS
DA SUCURSAL DO RIO
Nos 20 anos que separaram o
primeiro mandato de Cesar
Maia do seu último ano na prefeitura, a cidade viu acelerar o
processo de verticalização de
favelas, apesar de a expansão
territorial ter sido pequena.
Um estudo feito pelo Instituto Pereira Passos (órgão da prefeitura), por meio de imagens
aéreas de todas as 750 favelas
cadastradas, mostra que, de
1999 a 2004, houve pouco crescimento da área ocupada pelas
favelas. De 41,46 km2, passaram
a ocupar 42,89 km2, uma variação de 3,5%.
Na zona oeste, o avanço territorial das favelas foi de 6,4%.
Já na zona sul, houve até um
pequeno recuo de 0,2%.
O último dado sobre população em favelas no Rio é do Censo 2000 do IBGE. Na comparação com o censo anterior, de
1991, os dados já mostravam
essa tendência de verticalização. Nesse período de nove
anos, a população em favelas
cresceu 24% -enquanto as demais áreas cresciam 4%.
Ao mesmo tempo em que a
população em favelas cresceu,
no entanto, houve uma diminuição no número médio de
moradores nesses domicílios, o
que é explicado em boa parte
pela verticalização.
Em 1991, a média era de 3,9
pessoas por residência. Em
2000, caiu para 3,5. Isso aconteceu porque o número de domicílios em favelas aumentou
numa proporção maior que a
da população nessas áreas.
Na avaliação de Sérgio Besserman, presidente do Instituto Pereira Passos, a verticalização teve duas dinâmicas distintas. "Há o caso do morador que
constrói um andar em cima de
sua laje. Nesse caso, as ações
dos poderes municipais devem
ser no sentido de disciplinar,
não de proibir." Outra dinâmica é a especulação imobiliária.
"Aí é caso de polícia", diz.
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