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Lotéricas vendem bolão proibido pela Caixa
Casas oferecem cotas de aposta para a Mega da Virada, que terá prêmio de R$ 190 milhões
DE SÃO PAULO
Casas lotéricas de São Paulo criaram bolões para a Mega da Virada, embora a prática seja proibida pela Caixa
Econômica Federal, à qual
elas são subordinadas.
A Folha consultou 12 lotéricas ontem; o bolão era oferecido em oito -o preço parte de R$ 5 e depende do número de jogos e dezenas.
Em Lausanne Paulista (zona norte), há bolões de até
R$ 1.000, divididos em cotas,
em que cada comprador concorre a dois jogos: de 19 dezenas para a Mega Sena e de 24
dezenas para a Quina.
Em alguns casos, o bolão é
anunciado em folhetos na lotérica; em outros, apenas a
clientes mais próximos.
Consultada por telefone,
uma lotérica de Indianópolis
(zona sul) disse primeiro não
promover bolão. Depois, admitiu fazê-lo -embora o chamasse de "jogo da casa".
No bolão, o comprovante
de jogo fica com a lotérica. O
apostador recebe uma cópia
do jogo -o que não é suficiente para receber o prêmio,
se for sorteado.
Para a Caixa, o bolão é ilegal. Um estudo do banco discute oficializar a prática, mas
não tem prazo para conclusão. Enquanto a regra não
mudar, lotéricas estão sujeitas a descredenciamento.
A reportagem pediu à Caixa dados de fiscalização de
lotéricas e quantas delas haviam sido investigadas ou fechadas por bolão ilegal neste
ano e em 2009, mas não obteve resposta até as 20h30.
A Mega da Virada deve pagar prêmio de R$ 190 milhões. As apostas podem
ocorrer até as 14h de amanhã
(horário de Brasília). O sorteio será às 20h, em SP.
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