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Morador de rua vai ter direito a programa de saúde
DA REPORTAGEM LOCAL
A prefeitura deve implantar
projetos ainda este ano para dar
emprego e atendimento médico
para moradores de rua da cidade.
Censo realizado no ano passado
indicou a existência de 8.704 deles
em São Paulo.
Marta Suplicy disse que estuda a
possibilidade de oferecer trabalho
para esse moradores nas áreas de
plantio que existem embaixo de
fios de alta-tensão. A prefeitura
poderia providenciar ônibus para
pegá-los nos albergues e pagaria
uma taxa diária pelo serviço.
A idéia é implantar esse programa em parceria com a iniciativa
privada. A proposta teria sido formulada pela Eletropaulo.
Além disso, a Secretaria da Assistência Social deve começar a
colocar em prática, em dois meses, um programa de saúde que
inclui a implantação de uma "casa
de cuidados". Esse plano quer
atender, principalmente, moradores de rua que saem de hospitais, depois de tratamento clínico
ou cirurgia, e vão para a rua, onde
não têm cuidados médicos nem
alimentação adequada.
Para tanto, será montado um
centro de atendimento com capacidade para cem pessoas, onde
trabalharão dez funcionários.
O secretário Evilásio Farias (Assistência Social) diz que a implantação da casa custará R$ 400 mil,
dinheiro que ele diz ter disponível
em Orçamento. A manutenção da
estrutura ficaria sob responsabilidade da Secretaria da Saúde.
Para o centro de atendimento,
já existe um imóvel em vista: um
prédio vazio da Santa Casa (centro), um dos hospitais que ficariam responsáveis por mandar
pacientes que vivem na rua.
O secretário Eduardo Jorge
(Saúde) disse que já conversou
com representantes da Santa Casa
sobre a possibilidade da parceria.
Saúde itinerante
A prefeita Marta Suplicy disse
ontem também que pretende
criar um ônibus-enfermaria, que
circulará pela cidade para prestar
atendimento de saúde aos moradores de rua.
Entre os planos do secretário
Evilásio Farias, há ainda a proposta de criação de um abrigo especial para mulheres que vivem nas
ruas. Do total de moradores de
rua da cidade de São Paulo, 15%
são mulheres.
Farias quer que esse local esteja
funcionando em dois meses e estima que custe R$ 300 mil.
Segundo a prefeita, as ações em
prol de quem vive nas ruas tem o
objetivo de atingir principalmente os que ficaram sem teto por terem perdido o emprego.
Ela disse que 37% dos moradores de rua estão nessa situação há
menos de seis meses.
"É esse (morador) que tem de
ser resgatado para a sociedade e
para a produção o mais rápido
possível", disse.
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