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ÍCONE PAULISTANO
Projeto foi aprovado por Niemeyer
Edifício Copan será reformado e deverá alojar um centro cultural
SÉRGIO DURAN
DA REPORTAGEM LOCAL
O edifício Copan, próximo à
praça da República (centro), um
dos marcos arquitetônicos da cidade, passará por sua primeira
grande reforma após 50 anos de
existência.
Segundo o síndico do Copan,
Affonso Celso Prazeres de Oliveira, que funciona como uma espécie de "prefeito" do condomínio
de 1.160 apartamentos e cerca de
5.000 moradores, "a reforma será
ousada e deverá gerar polêmica".
Até março, o projeto será mantido em segredo por causa dos patrocinadores. "A reforma ficará
muito cara. Por isso estamos buscando parcerias", diz.
Uma das etapas principais já foram vencidas -a reforma foi
aprovada pelo autor do projeto
original do Copan, o arquiteto
Oscar Niemeyer, que fez o edifício
em 1951. Além de aprovar, Niemeyer indicou o escritório de Ciro Birondi para executá-la.
A principal mudança externa
do Copan ocorrerá na parte dos
fundos do edifício. "Posso adiantar que as escadarias externas, que
ficam visíveis, terão um visual parecido com lanternas chinesas."
A forma como está sendo conduzido o plano de reforma reforça o perfil de patrimônio arquitetônico do prédio, cuja fachada da
frente está em processo de tombamento. "Recebemos visitas de estudantes de arquitetura periodicamente. Só no ano passado, registramos 320 arquitetos estrangeiros, dois deles russos. Isso me
chamou a atenção", conta.
O projeto prevê explorar esse
perfil do Copan, por meio das leis
de incentivo à cultura, alojando
no local um centro de debate sobre arquitetura e urbanismo.
A partir de março, o edifício
abrigará oficinas e seminários sobre a revitalização do centro de
São Paulo, dando o pontapé inicial no projeto de reforma.
Prazeres administra o Copan há
oito anos e diz que só foi possível
chegar à reforma depois de resolver "problemas crônicos" do condomínio. O ponto de prostituição
no bloco B, que rendia a fama de
"treme-treme", era o principal.
"As prostitutas e travestis continuam lá, mas, hoje, há normas de
convívio que são respeitadas."
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