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Em SP, agência central dos Correios é reaberta após reforma de quase 6 anos
DA REPORTAGEM LOCAL
Após passar quase nove
anos inativa, a agência central
dos Correios de São Paulo foi
reaberta ontem, em cerimônia que contou com o presidente Lula, o governador José Serra e o prefeito Gilberto
Kassab. O prédio, erguido em
1922, passou por um processo
de restauro e modernização
que se estendeu por cerca de
seis anos e custou R$ 19,1 milhões aos cofres públicos.
A reforma, no entanto, não
recebeu a aprovação do escritório de arquitetura que elaborou o projeto, após vencer
em 1997 um concurso nacional que recebeu outras 172
propostas. A desaprovação ao
que o Una Arquitetos, de São
Paulo, classifica como alterações resultou em uma ação
judicial contra a Empresa de
Correios e Telégrafos.
O escritório pediu, no final
de 2006, uma perícia para verificar possíveis alterações no
plano original. Segundo a advogada do caso, o processo
aguarda desde julho passado
uma decisão do juiz sobre a
realização ou não da perícia.
Erguido entre 1918 e 1922,
o edifício foi projetado pelo
escritório do arquiteto Ramos de Azevedo, um dos mais
importantes do início do século passado do país. O prédio, que abriga no vale do
Anhangabaú a maior agência
postal do país, foi tombado
pelo Conselho Municipal de
Preservação do Patrimônio
Histórico, Cultural e Ambiental de São Paulo.
Uma das alterações elencadas pelo Una Arquitetos é a
modificação da estrutura de
uma clarabóia, feita, dizem,
sem a aprovação dos engenheiros que a criaram. "Se forem verificadas as mudanças,
vamos pedir a retirada da responsabilidade técnica do projeto. O que está lá não condiz
com o projeto", disse a arquiteta Cristiane Muniz.
O gerente de engenharia
dos Correios, José Ruiz Guerra, presente ao evento, rebateu. "Tivemos de fazer uma
série de serviços adicionais
que não estavam previstos no
projeto. O projeto é nosso, fazemos o que quisermos. E
não o descaracterizamos.
Apenas melhoramos algumas
coisas."
(ANA PAULA BONI)
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