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10 suspeitos de ter participado de arrastão na zona norte são presos
Ao menos 30 homens roubaram 8 casas de condomínio no dia 11 de janeiro
LUIS KAWAGUTI
DA REPORTAGEM LOCAL
Dez suspeitos de ter feito um
arrastão no condomínio Itatinga, zona norte de São Paulo, no
dia 11 de janeiro, foram presos
na madrugada de ontem e reconhecidos por vítimas. Eles moram em uma favela vizinha ao
local. Entre eles está Marcelo
Severo Alves, 25, que, segundo
a polícia, é um dos dois suspeitos de terem organizado a ação.
Pelo menos 30 homens armados com fuzis e submetralhadoras fizeram dezenas de
reféns e roubaram oito casas no
condomínio, que fica na rua
Mileto, no bairro Pedra Branca.
"As imagens gravadas pelo
circuito de câmeras de segurança foram importantes na investigação. A Justiça concedeu
mandados de prisão para 23
pessoas que nós tínhamos
identificado. Montamos uma
operação com 80 policiais e fizemos as prisões na madrugada", disse a delegada Elisabete
Ferreira Sato Lei, titular da 4ª
Delegacia Seccional.
Foram feitas buscas em mais
de 40 locais. Cinco dos 23 suspeitos foram presos.
Outras cinco pessoas que não
haviam sido identificadas previamente -mas estavam nos
locais das buscas- foram detidas e, depois, reconhecidas por
vítimas na delegacia.
Luciana Gonçalves Freitas
Bordim -que não participou
do roubo, mas é mulher de um
dos suspeitos- também foi
presa por porte ilegal de arma.
Segundo o delegado Ismael
Rodrigues, cada suspeito recebeu R$ 7.300 para participar da
ação. As vítimas alegaram que
os assaltantes levaram quase
R$ 900 mil -R$ 800 mil de
uma só residência-, além de
joias e produtos eletrônicos.
O dinheiro roubado não foi
recuperado, mas a polícia encontrou com os suspeitos produtos roubados que foram reconhecidos pelas vítimas.
A polícia acredita que a ação
foi planejada por Alves em parceria com um criminoso conhecido como "Marrom". A ligação da quadrilha com a facção criminosa PCC (Primeiro
Comando da Capital) está sendo investigada.
Além de Alves e Luciana, foram presos Clodoaldo Santos
(que apareceu nas imagens obtidas pela polícia carregando
um fuzil), Helbert Cristian
Gonçalves, Cleber Bento Oliveira, Sílvio Oliveira Pereira,
Leonardo Felipe dos Santos,
Fábio Cândido Bordim, Flávio
Alexandre Leite da Silva, Rafael
Oliveira dos Santos e Sílvio
Luiz Barbosa dos Santos.
A reportagem localizou só os
advogados de Gonçalves, Leonardo e Luciana. Os dois primeiros afirmaram que seus
clientes estavam em casa com
suas famílias na hora do crime.
A defesa de Luciana disse que a
arma ilegal era de seu marido.
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