São Paulo, sábado, 31 de janeiro de 2009

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Foco

Governo vai restaurar 19 escolas de SP que ficam em prédios centenários

VERIDIANA RIBEIRO
DA FOLHA RIBEIRÃO
ALAN DE FARIA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO

A Secretaria de Estado da Educação vai reformar e restaurar 19 escolas da rede, todas construídas entre o final do século 19 e o início do passado. Na capital, foram selecionadas quatro; as demais ficam no interior. Segundo a secretaria, o investimento será de R$ 42,4 milhões.
"Existem exemplares muito bons dessa época, alguns com pinturas-murais muito educativas. As escolas eram consideradas edifícios principais das cidades, ao lado da igreja matriz e da prefeitura", diz Benedito Lima de Toledo, professor titular da FAU-USP (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP).
Entre as escolas contempladas, a mais antiga é a Caetano de Campos, fundada em 1846 e hoje sediada na Consolação. Originalmente, a escola funcionava em um prédio da praça da República, onde hoje fica a sede da Secretaria de Estado da Educação.
No projeto de restauração do prédio atual, inaugurado em 1913, estão incluídas a reforma nos sistemas hidráulico e elétrico da escola, a troca e o restauro do piso, além de melhorias na acessibilidade e no sistema de prevenção contra incêndios.
"O prédio a ser restaurado tem importância histórica. Embora a escola tenha sido fundada em 1846, foi somente a partir do início da República [1889], com o diretor Caetano de Campos, que se criou um projeto educacional, seguindo os preceitos de ordem e progresso", disse Diógenes Nicolau Lawand, responsável pelo setor de memória do CRE (Centro de Referência em Educação) Mário Covas.
Outra unidade incluída na lista é a Eugenio Franco, de São Carlos, fundada em 1909.
De acordo com a secretária de Estado da Educação, Maria Helena Guimarães de Castro, os investimentos visam não só a preservação das características originais dos prédios centenários mas também a melhoria da infraestrutura. "São grandes obras, não-emergenciais, mas importantes para a continuidade dos estudos de cada aluno. As obras visam primeiramente o bem-estar dos alunos, com reformas hidráulicas, elétricas, de telhado, de piso, enfim, intervenções de grande porte. Isso, sempre, sem desrespeitar o patrimônio arquitetônico", disse por e-mail.
Entre as contempladas no interior, estão a Rodrigues Alves, em Guaratinguetá, e a Carlos Gomes, em Campinas.


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