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Número de mortos por chuva no RS já chega a 11
Cinco novos corpos foram encontrados ontem
GRACILIANO ROCHA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
Mais cinco corpos foram encontrados ontem no Rio Grande do Sul, elevando para 11 o
número de mortos pelas chuvas e inundações que castigam
o sul do Estado desde a noite de
quarta. De acordo com a Defesa
Civil, cinco pessoas ainda estão
desaparecidas, mais de 3.300
tiveram que abandonar suas
casas e pelo menos 50 mil foram diretamente afetadas.
Quatro pessoas que morreram afogadas foram encontradas pelas buscas no arroio Fragata, entre os municípios de
Capão do Leão (265 km de Porto Alegre) e Pelotas (258 km de
Porto Alegre). Entre elas estava
o maquinista Adão Luiz Martinez, 54, que desapareceu depois que o trem que ele conduzia descarrilou na madrugada
de quinta durante a enchente.
O outro corpo foi encontrado
na zona rural de Pelotas.
Quatro cidades decretaram
situação de emergência por
causa dos estragos -o que permite liberar recursos e firmar
contratos sem licitação. São
elas: Capão do Leão, Pelotas,
Turuçu e Morro Redondo.
O município mais castigado
foi Capão do Leão, que registrou oito mortes. A cidade continua isolada desde que a ponte
sobre o arroio Fragata, na BR-116, foi levada pela enxurrada
na madrugada de quinta. A
energia elétrica só foi restabelecida ontem à tarde, mas os 23
mil habitantes continuam sem
água encanada.
Situada em um nível mais
baixo que os outros municípios
vizinhos, Pelotas sofreu com
alagamentos mesmo depois de
a chuva ter diminuído. A água
acumulada nas regiões mais altas escoou provocando inundações e deixando um rastro de
prejuízos. Duas estações de tratamento de água foram destruídas, 44 pontes da zona rural sofreram avarias e mais de 1.200
km de estradas vicinais foram
danificados.
Cerca de 500 pessoas, de um
total de 339 mil habitantes na
cidade, foram levadas para
abrigos montados pela prefeitura em escolas.
"O prejuízo é muito grande,
muitas famílias perderam tudo", diz o prefeito Adolfo Fetter
Júnior (PP).
De acordo com os serviços de
meteorologia, em 48 horas choveu mais de 300 milímetros -o
equivalente à média de dois
meses. O meteorologista Eugênio Hackbart afirma que um ciclone subtropical estacionado
na costa do Uruguai deve trazer
mais chuva e ventos de até 80
km/h para a região durante o final de semana.
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