|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
OTOMAR LOPES CARDOSO (1935-2010)
Um assistente social e a educação por meio do rádio
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
O pai, Omar, quando foi ter
um filho, achou que estava
por vir mais um como ele, ou
seja, um outro Omar. Assim,
chamou o garoto de Otomar.
Só que o pai foi protestante,
farmacêutico, capitão do
Exército e partícipe da Revolução de 1930. Otomar, quando cresceu, escolheu ser católico, assistente social, deu aulas no seminário e, por pouco,
não se tornou padre.
Ele foi um dos "meninos de
dom Eugênio", como lembra
a família. No final dos anos
1950, dom Eugênio Sales começou a coordenar no Rio
Grande do Norte um projeto
de educação por meio do rádio à pilha, que acabaria encampado na década seguinte
pelo governo federal.
Otomar foi diretor do Serviço de Assistência Rural, que
tocava o serviço.
Assistente social formado
por uma escola criada pela arquidiocese, tempos depois, foi
designado para implantar um
curso de serviço social na República Dominicana.
Nos anos 60, logo após o
golpe militar, continuou seus
estudos na França e na Bélgica. Ao voltar, tornou-se secretário de Ação Social no Distrito Federal e, depois, assumiu
a pasta do Trabalho e do Bem-Estar Social no RN.
A partir dos 80, assessorou
a Petrobras, até se aposentar.
Também lecionou na Universidade Federal do RN.
Há quatro anos, depois de
décadas vivendo no Rio, voltou a Natal, decidido a morar
em frente ao mar da cidade.
Morreu no domingo passado, aos 74, em decorrência de
problemas neurológicos. Teve quatro filhos e três netos.
coluna.obituario@uol.com.br
Texto Anterior: Mortes Próximo Texto: Associação no litoral paga sobrevoo contra barracos Índice
|