São Paulo, domingo, 31 de janeiro de 2010

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OTOMAR LOPES CARDOSO (1935-2010)

Um assistente social e a educação por meio do rádio

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

O pai, Omar, quando foi ter um filho, achou que estava por vir mais um como ele, ou seja, um outro Omar. Assim, chamou o garoto de Otomar. Só que o pai foi protestante, farmacêutico, capitão do Exército e partícipe da Revolução de 1930. Otomar, quando cresceu, escolheu ser católico, assistente social, deu aulas no seminário e, por pouco, não se tornou padre.
Ele foi um dos "meninos de dom Eugênio", como lembra a família. No final dos anos 1950, dom Eugênio Sales começou a coordenar no Rio Grande do Norte um projeto de educação por meio do rádio à pilha, que acabaria encampado na década seguinte pelo governo federal.
Otomar foi diretor do Serviço de Assistência Rural, que tocava o serviço. Assistente social formado por uma escola criada pela arquidiocese, tempos depois, foi designado para implantar um curso de serviço social na República Dominicana.
Nos anos 60, logo após o golpe militar, continuou seus estudos na França e na Bélgica. Ao voltar, tornou-se secretário de Ação Social no Distrito Federal e, depois, assumiu a pasta do Trabalho e do Bem-Estar Social no RN. A partir dos 80, assessorou a Petrobras, até se aposentar. Também lecionou na Universidade Federal do RN.
Há quatro anos, depois de décadas vivendo no Rio, voltou a Natal, decidido a morar em frente ao mar da cidade. Morreu no domingo passado, aos 74, em decorrência de problemas neurológicos. Teve quatro filhos e três netos.

coluna.obituario@uol.com.br


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