São Paulo, segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

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GEÓRGIA GOMIDE (1937-2011)

O primeiro beijo gay na novela

DE SÃO PAULO

Ela nasceu Elfriede Helene Gomide Witecy, mas foi como Geórgia Gomide que a filha de pais alemães viu nascer a telenovela brasileira.
Dona de forte carga dramática, aliada a uma beleza exótica, a atriz ocupou as telas por mais de meio século.
Quando, em 1957, Raimundo Lopes levou para a TV Excelsior a radionovela "Sublime Redenção", lá estava a jovenzinha Gomide no elenco, ao lado de atores que, já então, tinham grande prestígio, como Procópio Ferreira (1898-1979), Lélia Abramo (1911-2004) e Armando Bogus (1930-1993).
Mas foi a partir da década de 1960, na TV Tupi, que sua carreira deslanchou. Coube a ela, por exemplo, o "alegado" primeiro beijo gay em uma novela brasileira, em "Calúnia" (1963). Gomide fazia o papel de uma professora homossexual.
Dez anos depois, ela protagonizou outro beijo na boca polêmico, agora no cinema, com Vera Fischer (A Super Fêmea, 1973).
Também controversa foi sua vilã em "Teresa" (1965), que protagonizou ao lado de Walmor Chagas. De tão má sua personagem, a atriz chegou a apanhar na rua.
Mas ela conheceu também a doce popularidade de Dona Bina, a dona de cantina de "Vereda Tropical" (1984), e da trambiqueira Erotildes, de "Mico Preto" (1990).
Na TV Globo, fez ainda minisséries, como "Anos Rebeldes" e "Malhação" e, no cinema, trabalhou com Zé do Caixão, Os Trapalhões e participou de alguns filmes da pornochanchada.
Geórgia Gomide, 73, foi enterrada na tarde de anteontem no cemitério da Consolação, em São Paulo. Hospitalizada na última terça, para tratar de uma infecção, ela morreu no sábado. A atriz sofria do mal de Alzheimer.


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