São Paulo, segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

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Prédio no Pará vizinho ao que caiu está em risco

Desabamento de edifício em Belém de 34 andares destrói casas e mata 1

Corpo de uma mulher foi achado sob destroços e há dois desaparecidos; engenheiro fala em raio e nega irregularidade

JOÃO CARLOS MAGALHÃES
DE BELÉM
FÁBIO FREITAS
DE SÃO PAULO

O desabamento de um edifício em construção de 34 andares, anteontem à tarde, matou uma mulher, interditou um quarteirão, destruiu casas e causou estragos em prédios vizinhos na região central de Belém, no Pará.
Dois operários estão desaparecidos -ambos limpavam entulho no local. O corpo da mulher foi encontrado ontem pela manhã, sob os destroços do prédio.
Parentes aguardam os resultados de um exame de DNA para confirmar se o corpo é de Maria Raimundo dos Santos, 67. Ela morava em uma casa vizinha ao prédio.
Com a queda, duas casas vizinhas ficaram completamente destruídas. Outras quatro residências e três prédios foram evacuados. Um deles, de 12 andares, está sob risco de desabar.
O dono da construtora, Carlos Otávio Lima Paes, afirmou que o edifício tinha todas as autorizações necessárias e nada de irregular. A empresa anunciou vistoria em 15 prédios que construiu.
Ele afirmou que a causa da queda só será conhecida após os laudos técnicos. Segundo ele, moradores viram um raio e um estrondo na hora do desabamento. Disse também que os desabrigados estão recebendo ajuda.
O advogado Robert Zoghbi, dono de uma das casas destruídas, diz que a obra estava irregular. "Minha casa tinha várias rachaduras [causadas pela obra]. A Justiça negou um laudo emergencial que eu pedi." Ele está na casa de parentes.
O prédio, em acabamento, seria entregue em dezembro. Cada unidade tinha 122 m2 e custava R$ 500 mil.
Ontem, a Justiça do Pará concedeu um mandado de busca e apreensão de documentos relativos à obra.

Colaborou SÍLVIA FREIRE


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