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São Paulo, segunda-feira, 31 de março de 2003

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Diretor diz que irá alterar lista

DA REPORTAGEM LOCAL

O diretor-geral do DPF (Departamento da Polícia Federal), Paulo Lacerda, 57, prometeu alterar toda a ordem de prioridades do estudo estratégico do órgão para o período 2003-2006.
Informado pela Folha sobre o estudo, que admitiu não conhecer "em minúcias", Lacerda afirmou que as questões colombiana e agrária não podem se sobrepor ao combate ao crime organizado.
"A prioridade mudou completamente. A questão agrária, por exemplo, é um assunto político, não é um assunto policial", disse Lacerda, que atribuiu o estudo a "uma visão da época, do governo anterior". O estudo foi feito na gestão do diretor Agílio Monteiro. O diretor revelou que até já ordenou a desativação da coordenação de conflitos agrários da PF.
"A polícia só deve agir nesse campo quando acionada pela Justiça", sinalizou Lacerda.
Sobre a proposta que consta do estudo, de monitorar os movimentos sociais, Lacerda disse que isso representa "uma visão completamente distante da realidade". "Não vamos perder tempo com isso. A prioridade absoluta chama-se crime organizado. Os problemas são o narcotráfico, o contrabando de armas e a corrupção policial", resumiu.
O coordenador de Planejamento e Modernização do DPF, Glorivan Bernardes de Oliveira, 41, disse que o próprio estudo já previa uma "atualização constante". Ele citou como exemplo a revisão ocorrida em dezembro de 2002, na qual a PF teria levado em conta "aspectos" do programa de governo do então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva. (RV)

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