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Diretor diz que irá alterar lista
DA REPORTAGEM LOCAL
O diretor-geral do DPF (Departamento da Polícia Federal), Paulo Lacerda, 57, prometeu alterar
toda a ordem de prioridades do
estudo estratégico do órgão para
o período 2003-2006.
Informado pela Folha sobre o
estudo, que admitiu não conhecer
"em minúcias", Lacerda afirmou
que as questões colombiana e
agrária não podem se sobrepor ao
combate ao crime organizado.
"A prioridade mudou completamente. A questão agrária, por
exemplo, é um assunto político,
não é um assunto policial", disse
Lacerda, que atribuiu o estudo a
"uma visão da época, do governo
anterior". O estudo foi feito na
gestão do diretor Agílio Monteiro.
O diretor revelou que até já ordenou a desativação da coordenação de conflitos agrários da PF.
"A polícia só deve agir nesse
campo quando acionada pela Justiça", sinalizou Lacerda.
Sobre a proposta que consta do
estudo, de monitorar os movimentos sociais, Lacerda disse que
isso representa "uma visão completamente distante da realidade". "Não vamos perder tempo
com isso. A prioridade absoluta
chama-se crime organizado. Os
problemas são o narcotráfico, o
contrabando de armas e a corrupção policial", resumiu.
O coordenador de Planejamento e Modernização do DPF, Glorivan Bernardes de Oliveira, 41, disse que o próprio estudo já previa
uma "atualização constante". Ele
citou como exemplo a revisão
ocorrida em dezembro de 2002,
na qual a PF teria levado em conta
"aspectos" do programa de governo do então presidente eleito,
Luiz Inácio Lula da Silva. (RV)
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