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Outro lado
Polícia passou de reativa a ativa, afirma secretário
DA SUCURSAL DO RIO
O secretário de Segurança
Pública do Estado do Rio de
Janeiro, José Mariano Beltrame, disse ontem que o aumento de mortes em supostos confrontos com policiais
no Estado -rotulados de autos de resistência- é conseqüência de uma mudança de
atitude por parte das polícias
estaduais.
"Obviamente, quando a
polícia vai cumprir a sua missão (...) existe o confronto.
Infelizmente, a solução para
isso não é uma solução boa, é
uma solução traumática. (...)
Entendo que saímos de uma
polícia reativa para uma polícia ativa. Seria muito mais fácil ficarmos parados, esperando as situações acontecerem", afirmou.
Para o secretário, os dados
da criminalidade no mês de
janeiro "não são bons", mas
"as soluções não surgem de
uma hora para outra". Beltrame disse considerar que
janeiro é um "mês ainda de
transição", em que "havia
uma ansiedade".
"Os dados de janeiro têm a
sua significação, mas não serão eles que nos farão mudar
o norte. Existem argumentos
suficientes para explicar esse
dados", disse Beltrame.
Quando tomou posse no
início de janeiro, Beltrame
afirmou que não "agüentava
mais" a situação de violência
no Rio de Janeiro.
Defendeu a necessidade de
um policiamento ostensivo
nas ruas, inclusive com a ajuda do Exército. "O Estado
tem de dar visibilidade de segurança à população, através
do policiamento ostensivo",
disse na época.
Em fevereiro, ao participar
do sepultamento do garoto
João Vieites, de 6 anos, que
morreu após ser arrastado
do lado de fora do carro por
criminosos, Beltrame voltou
a defender mais rigor.
"Temos que rever o policiamento", afirmou. No início deste mês, quando três
franceses foram assassinados no Rio, o secretário afirmou que só inclusão social
diminuiria a criminalidade
no Estado. "Só com inclusão
social vai melhorar. Quem
tem solução na cartola é mágico", disse.
(ST)
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