São Paulo, segunda-feira, 31 de março de 2008

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Cirurgia de homem liberado de hospital sedado é incerta

CLÁUDIA COLLUCCI
DA REPORTAGEM LOCAL

Um mês e meio após ser dispensado do centro cirúrgico da Santa Casa de São Paulo por falta de vagas, sob o efeito de pré-anestésico, o desempregado Juraci Silva Batista continua sem saber quando será operado.
Na semana passada, ele retornou ao hospital para remarcar a cirurgia, mas soube que está numa fila de espera.
"Disseram para eu aguardar em casa que, quando tiver vaga, eles me chamam", diz Batista, 41, há dois anos desempregado por conta de um acidente de trabalho. Ele sofreu uma fratura exposta no braço esquerdo, quando atuava como marinheiro.
Na época, teve cinco pinos e uma placa de metal implantados no antebraço. Mas, ao levantar uma âncora, sofreu uma nova fratura no mesmo local, que deixou o braço completamente torto.
No dia 15 de fevereiro, após dois dias internado em jejum e de ter feito todos os exames pré-operatórios, foi dispensado do centro cirúrgico, já sedado. "Disseram que tinha entrado alguém pior e cancelaram a cirurgia." Ele toma analgésicos de 12 em 12 horas para controlar a dor.
A Santa Casa confirma que Batista está em fila de espera das cirurgias eletivas (não-urgentes) e que não há data prevista para sua realização.


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