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Cirurgia de homem liberado de hospital sedado é incerta
CLÁUDIA COLLUCCI
DA REPORTAGEM LOCAL
Um mês e meio após ser
dispensado do centro cirúrgico da Santa Casa de São
Paulo por falta de vagas, sob
o efeito de pré-anestésico, o
desempregado Juraci Silva
Batista continua sem saber
quando será operado.
Na semana passada, ele retornou ao hospital para remarcar a cirurgia, mas soube
que está numa fila de espera.
"Disseram para eu aguardar em casa que, quando tiver vaga, eles me chamam",
diz Batista, 41, há dois anos
desempregado por conta de
um acidente de trabalho. Ele
sofreu uma fratura exposta
no braço esquerdo, quando
atuava como marinheiro.
Na época, teve cinco pinos
e uma placa de metal implantados no antebraço. Mas, ao
levantar uma âncora, sofreu
uma nova fratura no mesmo
local, que deixou o braço
completamente torto.
No dia 15 de fevereiro, após
dois dias internado em jejum
e de ter feito todos os exames
pré-operatórios, foi dispensado do centro cirúrgico, já
sedado. "Disseram que tinha
entrado alguém pior e cancelaram a cirurgia." Ele toma
analgésicos de 12 em 12 horas para controlar a dor.
A Santa Casa confirma que
Batista está em fila de espera
das cirurgias eletivas (não-urgentes) e que não há data
prevista para sua realização.
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