Cidade Jardim abre suas portas às 10h com marcas usadas pela classe AAA

Seis marcas estréiam lojas próprias no país, como Hermès e Rolex, e outras sete desenvolveram proposta exclusiva para o shopping

Moacyr Lopes Junior/Folha Imagem

Modelos na loja da Daslu no shopping Cidade Jardim, na marginal Pinheiros, que será inaugurado hoje

CINTHIA RODRIGUES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Os endinheirados ganham hoje um novo templo do consumo. Com 120 lojas, muitas de marcas conhecidas só pela classe AAA, acostumada a compras no exterior, será inaugurado às 10h o Shopping Cidade Jardim, na marginal Pinheiros (zona oeste de São Paulo).
Seis grifes estréiam lojas próprias no país: Sony Style, Furla, Hermès, Longchamp, Rolex e Montblanc. Outras 24 aparecem pela primeira vez em um shopping, como a academia Reebok, que ocupará sozinha um dos cinco andares. Na lista de superlativos está também o Spa Cidade Jardim, que será o maior da América Latina.
Os poucos nomes conhecidos do público médio dos outros shoppings surgem com apostos como boutique, concept e luxo. A Casa do Pão de Queijo, por exemplo, montou um quiosque de luxo, onde o único café disponível é o Premium da marca italiana Illy.
Apesar das grifes, Zeco Auriemo, presidente do grupo JHSF, dono do empreendimento, diz não ter se concentrado apenas no luxo. "A nossa preocupação é qualidade", diz.
O investimento do JHSF no empreendimento foi de R$ 1,5 bilhão. O valor inclui o custo das três torres de apartamentos que ainda estão em construção. Só para ter o direito de construir acima do limite permitido na região foram pagos R$ 50 milhões à prefeitura.
O shopping também pagou R$ 40 mil a cada dono de barraco de uma favela que existia ali antes. Ainda sobraram duas favelas logo à frente, mas dificilmente elas serão notadas pelos visitantes, já que foram muradas pelo empreendimento.
Para quem é apenas curioso, o novo shopping pode ser considerado acessível. Enquanto o estacionamento da Daslu -que aliás é uma das âncoras do Cidade Jardim e ocupa dois andares no canto direito- custa R$ 30, o shopping vai cobrar R$ 5.
Já aproveitar o local sairá bem mais caro. Não existe praça de alimentação -os restaurantes com guardanapos dobrados e taças de vários tamanhos estão espalhados.
A opção mais democrática poderá ser o cinema. Segundo o Cinemark, as cinco primeiras salas, que serão abertas no final de junho, terão o padrão da rede. Duas vips, previstas para julho, ainda são segredo.
Na noite de anteontem, convidados deram boa amostra do público que será cativo do novo no local. Além de português, ouvia-se inglês e francês e os corredores pareciam passarelas de moda.
A consultora de moda Gloria Kalil, abriu o evento com uma comparação entre as belezas do Rio e de São Paulo. "Tudo fomos nós que construímos para atender as nossas necessidades, os nossos anseios."


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