PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

Uma operação do Ministério Público e Receita Estadual de Minas Gerais apreendeu ontem 37 objetos vendidos em antiquários -peças sacras, na maioria- por suspeita de venda ilegal.
Houve nove apreensões em Belo Horizonte e 28 na cidade histórica de Ouro Preto (95 km de Belo Horizonte). As históricas Tiradentes e São João del Rei também foram alvo da operação, apoiada pelas polícias Militar e Civil.
Órgãos do patrimônio nacional (Iphan) e estadual (Iepha) vão periciar os objetos. Entre eles, uma imagem de Santa Rita em madeira, encontrada em Belo Horizonte e semelhante à do catálogo da Promotoria de 600 peças furtadas e desaparecidas.
Cada equipe da operação tinha um notebook para verificar se as peças apreendidas estavam no cadastro de bens procurados.
Em Ouro Preto, um chafariz que pode ter sido furtado na cidade foi apreendido. Todas as peças recolhidas têm semelhança com objetos desaparecidos ou estavam em situação suspeita -escondidas ou embaladas.
Segundo o promotor Rogério Filippetto, caberá agora aos órgãos do patrimônio investigar a situação das peças aprendidas. Caso estejam irregulares, os responsáveis pelos antiquários deverão ser denunciados. Houve fiscalização em 11 locais -antiquários e a casa de um comerciante de arte.
Os antiquários são suspeitos ainda de crimes de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro -motivo pelo qual a Receita participou da ação.


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