São Paulo, domingo, 31 de julho de 2011

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Diretoria aposta em uma gestão profissional

Dívida do Jockey Club chega a R$ 280 milhões

DE SÃO PAULO

Para negociar uma dívida que beira os R$ 280 milhões e administrar receitas minguadas do turfe e um considerável patrimônio imobiliário, o Jockey Club de São Paulo aposta alto em uma administração profissional.
Pela primeira vez, a diretoria passou a contar com a figura de um diretor-executivo, com contrato exclusivo e salário de mercado.
Ex-presidente da Bovespa e da BM&F, o atual presidente do Jockey, Eduardo da Rocha Azevedo, foi buscar entre seus antigos colaboradores o nome para ocupar o posto.
"Trouxe o Horácio de Mendonça Netto para ser o CEO do Jockey", explicou Azevedo, sobre o ex-superintendente-geral da Bovespa.
A difícil tarefa do executivo é erguer uma "empresa" considerada pré-falimentar.
"Chegamos aqui com um defasagem de caixa de R$ 4 milhões, que estamos conseguindo zerar", declarou o novo presidente.
Uma das medidas foi renegociar contratos com antigos comodatários, entre eles os restaurantes que operam no local, como o Charlô, que também detém exclusividade nos bufês do local.
Uma boa fonte de renda do Jockey atualmente é o aluguel de espaços para eventos e casamentos.

POLÍTICA
À presidência caberá as articulações políticas, como a negociação de uma dívida de R$ 212 milhões de IPTU com a Prefeitura de São Paulo.
O Jockey quer aderir ao PPI (Programa de Parcelamento Incentivado) e entregar um terreno na Vila Sônia, chamada de Chácara do Jockey, para abater parte do débito.
A assessoria da Secretaria de Negócios Jurídicos da prefeitura informou que a proposta está sendo analisada juntamente com a Secretaria de Finanças.
O objetivo é transformar o local, hoje alugado pelo Jockey para grandes shows, em um parque público.
"A transformação da área é essencial para a cidade e importante para o Jockey Club", afirmou Andrea Matarazzo, secretário de Cultura do Estado de São Paulo.
Quando ocupou a Secretaria Municipal de Coordenação das Subprefeituras, Andrea Matarazzo chegou a defender a ideia de restringir a área do Hipódromo Cidade Jardim ao turfe e às cocheiras. O restante da sede do Jockey, que ocupa aproximadamente 630 mil metros quadrados, também viraria um parque municipal.
(ELIANE TRINDADE)


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