São Paulo, domingo, 31 de julho de 2011

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Santuário em Cotia abriga animais abandonados

DE SÃO PAULO

Cinco quilos de carne por dia. Uma área de 1.400 m2 de vegetação. E até um deque de madeira construído em cima de pedras. Esse é o cenário de um santuário ecológico de Cotia, cidade da Grande São Paulo, onde vivem 11 leões que foram abandonados.
O local, chamado de Rancho dos Gnomos, é administrado por uma entidade sem fins lucrativos e abriga cerca de 300 animais, principalmente exóticos e silvestres.
A maioria desses bichos foi acolhida pelo santuário depois de ter sido resgatada de situações de risco.
É o caso de Darshã, um leão de 16 anos de idade que viveu 13 destes anos em uma câmara desativada de um frigorífico em Cariacica (ES).
Darshã chegou ao santuário de Cotia com problemas nas patas e magro após ter sido encontrado em decorrência de uma denúncia encaminhada a órgãos ambientais.
De acordo com Marcos Pompeu, que fundou o santuário com a mulher, Silvia, o animal foi abandonado no frigorífico por um circo. O fim da exploração dos bichos pelos circos, em decorrência de mudanças na legislação, é uma das principais causas de abandono de animais.
O leão se recuperou. Pesa agora cerca de 300 kg e divide seu habitat com duas leoas. Perto dele ficam Baru e Vanbana, encontradas dentro de uma carreta em estrada perto de Ribeirão Preto.
Pompeu afirma que o tempo de recuperação de cada leão encontrado em situação de abandono chega a até oito meses. Em "quarentena", os animais passam por exames, têm uma alimentação controlada e são castrados.
Muitos têm sequelas que levarão ao longo da vida -que dura perto de 23 anos. "[Quando morrem], na necropsia, descobrem-se tumores no corpo todo, baço arrebentado. Eles aguentam até ultrapassar o limite do suportável", conta Silvia.

SIMBA
Neste ano, o santuário também deve receber Simba, que vive sozinho no que restou de um zoológico desativado em Ivinhema (MS).
O leão ficou famoso na internet depois que internautas criaram uma comunidade no Facebook para ajudá-lo.
O objetivo é buscar recursos para custear o transporte e a manutenção do animal -cada um custa em torno de R$ 1.000 por mês. O valor é pago por meio de parcerias com pessoas e empresas. (NC)


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