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27 dos 29 pilotos ouvidos culpam a pista molhada
DA REPORTAGEM LOCAL
Mais de um mês após o acidente com o Airbus-A320 da
TAM, 27 dos 29 pilotos ouvidos
no inquérito policial civil, que
apura a responsabilidade pelas
199 mortes e dez lesões corporais, apontam a pista principal
do aeroporto de Congonhas, na
zona sul de São Paulo, como a
culpada pela tragédia.
"Esses depoimentos trazem
algum indício. São declarações
e registros de que a pista estava
escorregadia quando chovia",
disse o delegado Antonio Carlos Menezes Barbosa, titular do
27º Distrito Policial, no Campo
Belo, onde o caso é apurado.
"Mas ainda não tenho uma
convicção sobre as causas do
acidente. Faltam depoimentos
e laudos técnicos", disse.
No dia da tragédia, 17 de julho, garoava em Congonhas. A
chuva, aliada à falta do grooving
(ranhuras no asfalto que auxiliam no escoamento de água),
foram citados por pilotos como
responsáveis para o avião não
frear e colidir com o prédio da
própria companhia aérea.
"Sabão" e "sabonete" foram
expressões usadas pelos pilotos
de diversas empresas para dizer que a pista fica escorregadia
durante a chuva.
Nenhum dos pilotos acredita
que houve falha dos comandantes mortos ou problemas
mecânicos com a aeronave.
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