São Paulo, sexta-feira, 31 de agosto de 2007

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27 dos 29 pilotos ouvidos culpam a pista molhada


DA REPORTAGEM LOCAL

Mais de um mês após o acidente com o Airbus-A320 da TAM, 27 dos 29 pilotos ouvidos no inquérito policial civil, que apura a responsabilidade pelas 199 mortes e dez lesões corporais, apontam a pista principal do aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, como a culpada pela tragédia.
"Esses depoimentos trazem algum indício. São declarações e registros de que a pista estava escorregadia quando chovia", disse o delegado Antonio Carlos Menezes Barbosa, titular do 27º Distrito Policial, no Campo Belo, onde o caso é apurado.
"Mas ainda não tenho uma convicção sobre as causas do acidente. Faltam depoimentos e laudos técnicos", disse.
No dia da tragédia, 17 de julho, garoava em Congonhas. A chuva, aliada à falta do grooving (ranhuras no asfalto que auxiliam no escoamento de água), foram citados por pilotos como responsáveis para o avião não frear e colidir com o prédio da própria companhia aérea.
"Sabão" e "sabonete" foram expressões usadas pelos pilotos de diversas empresas para dizer que a pista fica escorregadia durante a chuva.
Nenhum dos pilotos acredita que houve falha dos comandantes mortos ou problemas mecânicos com a aeronave.

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