São Paulo, sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Para sindicato, acidente está relacionado à falta de manutenção na linha férrea

DA SUCURSAL DO RIO

Na avaliação do presidente do Sindicato dos Ferroviários da Central do Brasil, Valmir de Lemos, as causas do acidente com os dois trens ontem em Nova Iguaçu estão relacionadas à falta de manutenção adequada na linha férrea.
Ontem, no local do acidente dos trens, ele mostrou um relatório sobre irregularidades que o sindicato afirma denunciar há seis anos. Entre elas está a falta de parafusos para as placas de ferro que sustentam os trilhos aos dormentes.
"O trem tombou antes de bater na traseira do outro. Alguns desvios estão velhos por falta de manutenção e ele provavelmente se abriu", disse Lemos.
O prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias, reclamou da concessionária SuperVia e disse ser necessário rever a relação com a empresa: "Agradeço a rede de solidariedade que se montou, mas temos de rever a relação com a SuperVia. Naquele local acontecem acidentes e atropelamentos sistematicamente. É necessário ter uma passarela".

Comissão
Em nota oficial, a SuperVia, concessionária do transporte ferroviário no Estado, lamentou o acidente e anunciou que formou uma comissão de técnicos para apurar as causas do acidente. "O laudo será apresentado num prazo de 10 dias", diz o documento da companhia. "Portanto, são prematuras quaisquer hipóteses sobre o ocorrido", conclui a nota.
O coordenador de operações da SuperVia, João Gouveia, prometeu que a empresa iria arcar com as despesas de funeral das vítimas e dar "toda a assistência possível" às famílias. Ele afirmou que a empresa implementou o plano de contingência e enviou ao local assistentes sociais e médicos para ajudar as vítimas.

Texto Anterior: Memória: Em 1996, batida matou 15 no Rio
Próximo Texto: Outra estação: Empresa não informa para evitar comoção
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.